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Fato em Foco

Voto "eurocético" é voto de protesto e de falta de politização, diz analista política

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Cerca de 380 milhões de eleitores dos 28 países da União Europeia (UE) vão eleger de 22 a 25 de maio o novo Parlamento Europeu. Estas eleições são importantes no momento em que o bloco busca superar a mais grave crise econômica no continente desde os anos 30.

A cientista politica Alice Pappas, coordenadora de programas no European Policy Center, em Bruxelas.
A cientista politica Alice Pappas, coordenadora de programas no European Policy Center, em Bruxelas. A.Moysés/RFI
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O novo Parlamento deverá votar o tratado de livre comércio em negociação entre a União Europeia e os Estados Unidos, novas medidas de controle da imigração, além de regras relativas aos direitos das minorias, liberdades civis, transportes, meio ambiante, entre dezenas de assuntos de repercussão prática na vida dos europeus. Provavelmente, essa agenda será perturbada pelos eurocéticos e extremistas de direita, que serão eleitos em grande número conquistando até um quarto das cadeiras do Parlamento, segundo as pesquisas.

Alice Pappas, coordenadora de projetos do European Policy Center (EPC), um think tank de Bruxelas, acredita que muitos europeus depositarão nas urnas um voto de protesto. "Uma das consequências da crise foi o surgimento de partidos extremistas e eurocéticos populistas", destaca. Segundo ela, os eleitores europeus encaram as eleições para o Parlamento como uma eleição secundária, de menor importância, "que lhes permite enviar uma mensagem de descontentamento aos governos nacionais".

As pesquisas também apontam que essas eleições poderão registrar um novo recorde de abstenção do eleitorado. Alice Pappas associa o desinteresse dos eleitores à falta de informação sobre as instituições europeias e as consequências de suas decisões na vida dos cidadãos.

O cientista político Pedro Magalhães, do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, confirma o desinteresse dos portugueses pelo pleito. "As eleições europeias em Portugal, assim como em outros países do bloco, não despertam grande interesse, nao têm saliência para a população. O interesse que despertam é em relaçao à luta política interna e assuntos domésticos", conta Magalhães.

Ouça as entrevistas completas dos dois analistas políticos clicando no alto de página.

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