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França/Imprensa

Suíça continua dividida sobre imigração após referendo, avalia jornal francês

A Suíça que disse "não" à imigração, o aumento de impostos locais na França e os casos de amor que surgiram na internet são alguns dos temas que ganharam as manchetes dos jornais franceses nesta sexta-feira, 14 de fevereiro.

DR
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Um dia depois do referendo na Suíça que decidiu pela limitação à entrada de imigrantes europeus ao país, o católico La Croix enviou um repórter a diversas cidades da zona rural para entender o resultado da votação. O relato é de um país dividido sobre o sistema de cotas para a chegada de estrangeiros.

Em Tavannes, onde os eleitores disseram "sim" para frear a imigração, como outros 50,3% dos suíços, um militante do partido de extrema-direita UDC disse ter ficado "orgulhoso" do resultado. Segundo ele, a chegada dos estrangeiros representa uma invasão que poderá provocar mudanças indesejadas nas tradições locais e diminuir as fronteiras entre as regiões urbana e rural.

Outros eleitores ouvidos pelo La Croix lamentam que o resultado possa comprometer o futuro econômico do país. O jornal católico lembra que a União Europeia se sentiu atacada em seus valores fundamentais, como o da livre circulação de pessoas, e prepara uma resposta firme contra a Suíça, principalmente sob aspectos econômicos.

Mais impostos que penalizam a classe média francesa

Em nova artilharia dirigida contra o governo, o Le Figaro dá destaca um novo aumento de impostos, desta vez, locais. Segundo o diário conservador, o governo socialista de François Hollande pretende promover uma reforma de algumas taxas considerados obsoletas e opacas.

Entre as opções em estudo, segundo o jornal, está uma revisão dos valores venais dos imóveis e da cobrança proporcional à renda familiar. Essas mudanças levarão a uma nova alta de impostos como a Taxa de Habitação - que no Brasil corresponde ao IPTU - e devem atingir principalmente a classe média, afirma o Le Figaro. Mas o jornal conservador afirma que os ricos também não vão escapar de mais um eventual reajuste.

Diminuição de empregos para executivos na França

O diário econômico Les Echos destaca em sua manchete que as contratações de executivos em 2014 não ultrapassarão 171.200 pessoas. Esse número de vagas é o mesmo de 2013, que havia registrado uma queda de 10% em relação ao ano anterior.

Constatação do jornal: a esperada retomada da economia francesa ainda não aconteceu e os funcionários de colarinho branco, como o Les Echos chama os profissionais qualificados para funções executivas, vão ter que batalhar bastante para encontrar emprego. De acordo com as previsões, a melhora do mercado de trabalho para essa categoria só deve acontecer a partir de 2015.

Ex-chefe dos serviços de informação sai do silêncio

O jornal Libération dedica sua reportagem principal ao ex-chefão dos Serviços de Informação da França durante o governo de Sarkozy. Demitido em maio de 2012 com a chegada dos socialistas ao poder, Bernard Squarcini decidiu falar tudo o que sabe em um livro, numa espécie de “acerto de contas”, segundo expressão usada pelo Libé.

Na próxima terça-feira, Squarcini comparece diante da justiça para responder a um processo em que é acusado de recorrer a escutas telefônicas ilegais para identificar fontes de um repórter do jornal Le Monde.

O Libération tenta entender os objetivos do homem, que defende o presidente sírio Bashar Al-Assad e já foi chamado de principal policial da França, em revelar casos antigos como a guerra de máfias na Córsega, sua região natal.

Dia dos Namorados

Neste dia de São Valentim, data em que os franceses celebram o Dia dos Namorados, o jornal Aujourd’hui en France decidiu investigar as relações amorosas que surgiram pela internet. O jornal descobriu casais que se conheceram em sites de relacionamento na rede, mas depois transformaram a relação virtual em uma união tradicional.

Uma francesa de 42 anos relatou sua experiência com um site de relacionamento amoroso. Barbara disse ter vindo do interior da França para Paris e como não conhecia ninguém na cidade, resolveu tentar se relacionar pela internet.

Na véspera do Natal de 2008, ela começou uma troca de mensagens com Vincent, que, meses depois, virou seu marido e hoje é pai de Augustin, um bebê de 9 meses. O casal afirma que hoje em dia ninguém mais tem vergonha de dizer que conheceu seu parceiro ou parceira pela internet.

Daí a constatação do jornal: a internet não é um local apenas de relações efêmeras. O Aujourd'hui en France resumiu de maneira divertida sua manchete: três cliques, um casamento e filhos...

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