Missa do galo e tempestade Dirk são manchetes desta quarta-feira
Na manhã de Natal, os principais jornais franceses não circularam. Os parisienses que foram às bancas hoje de manhã procurar Le Monde e Le Figaro tiveram de se contentar com o Aujourd'hui en France. A maior parte das publicações abdicou das edições impressas e dedicou seus websites à priimeira missa de Natal do papa Francisco e à tempestade Dirk, que já deixou seis mortos na Europa.
Publicado em:
"Há também boas notícias" escreve na primeira página o Aujourd'hui en France, sobre a linha fina: "Apesar da morosidade ambiente, a atualidade pode ser feliz. Mais uma vez durante as festas, muitos de vocês provam sua generosidade". Nas duas páginas seguintes, vemos um desfile de franceses que tiram o Natal para fazer o bem - a eles mesmos e aos outros. Caso do bombeiro Julian Barbiez que, mesmo sendo pai de um menininho de 15 meses, se voluntaria para trabalhar no Natal há onze anos ou da "Mamãe Noel" que distribui presentes aos sem-teto de Marseille...
O segundo destaque do jornal é a primeira missa de Natal do papa Francisco. "O septagésimo sétimo Natal de Jorge Bergoglio ficará, sem dúvida, marcado como um dos mais importantes de sua vida", escreve o texto. "Ontem a noite, o ex-bispo, acostumado até agora a celebrar a missa da meia-noite nas igrejas de Buenos Aires, comemorou o nascimento de Cristo na basílica de São Pedro do Vaticano pela primeira vez desde que assumiu a Santa Sé em março do ano passado". Além disso, o jornal lembra que na mesma data, o sumo pontífice festeja o aniversário de seu batismo, que aconteceu em 25 de dezembro de 1936.
Le Monde observou que a missa foi clássica e solene, com preces e cantos principalmente em italiano e latim, além de uma breve oração em aramaico, a língua de Jesus, e uma outra em chinês, para homenagear as pessoas perseguidas por sua fé. O Libération ressaltou o ar austero do papa e seu pedido para que os católicos se aproximem dos "excluídos". Le Figaro seguiu a mesma linha, lembrando, porém que o discurso de Bergoglio se difere bastante dos de seu sucessor, Bento XVI, que costumava dedicar-se aos debates sobre sociedade e relativismo.
A capa do site do Libération trazia uma foto de um carro parcialmente submerso sobre a manchete "Tempestade Dirk mata cinco pessoas na Europa" e uma matéria explicando o processo de "adoção de uma tempestade". "Para batizar uma tempestade, basta pagar 199 euros no caso de uma depressão e 299 para um anticiclone".
Para evitar o "sexismo meteorológico", as depressões, que geram tempestades, têm nomes masculinos nos anos ímpares e os anticiclones, que trazem bom tempo, nomes femininos. Nos anos pares, inverte-se a ordem. Quem escolheu o nome da Dirk foi um cara chamado Martin Neumann. Le Figaro e Le Monde destacam as fortes chuvas no sudoeste francês.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro