Artistas brasileiros despertam interesse na FIAC de Paris

Quase 200 galerias de arte de 130 países dentro do Museu Grand Palais em Paris. Assim começa a 40ª edição da FIAC - Feira Internacional de Arte Contemporânea - uma das maiores vitrines do mundo do mercado da arte. Na FIAC se compra e se vende e o foco central é a cotação dos artistas.De um lado, curadores e colecionadores curiosos e prontos a usar o cartão de crédito, do outro, as galerias do mundo todo oferecendo uma infinidade de obras, de pinturas, gravuras e fotografias até instalações e esculturas gigantescas. Cinco galerias de arte do Brasil participam desta edição de 2013: Raquel Arnaud, Luciana Brito, Mendes Wood, Fortes Vilaça e Nara Roesler. 

"Transbordamento, Liberdade Aprisionada", obra de Ernesto Neto realizada em 2013, exposta na FIAC. LC

Galerista Nara Roesler, em frente à "Parede Instantânea" de Lucia Kock.

Brasil

Para a galerista Nara Roesler, os nomes mais cotados hoje são os contemporâneos Vik Muniz, Adriana Varejão e Beatriz Milhazes, cujas obras podem ser vendidas por valores que vão de US$50 mil a US$800 mil. Mas Nara lembra que se compararmos esses preços aos dos contemporâneos americanos como Jeff Koons, por exemplo, "isso não é nada, a arte brasileira ainda tem muito caminho pela frente".

A carioca Maria do Mar Guinle, dona da galeria MDM, em Paris, representa exclusivamente artistas brasileiros, por quem o interesse dos franceses vem crescendo bastante nos últimos dois anos, como ela afirma, explicando que o ritmo de compra deles é diferente do dos brasileiros, que são bem mais impulsivos. "Aqui eles levam mais tempo para decidir, a compra aqui é mais devagar, mas acho que estamos num bom momento", diz Maria.

Neste ano, as obras ultrapassam os muros do Museu Grande Palais para serem expostas no Museu Petit Palais, Jardin des Tuileries, Jardin des Plantes, Place Vendôme e à beira do rio Sena.  A FIAC acontece de 24 a 27 de outubro.