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Entrevista do papa Francisco e islamofobia são destaques do final de semana

Os jornais franceses deste sábado se interessam em analisar a entrevista concedida pelo papa Francisco a jesuítas, na quinta-feira. Na ocasião, o pontífice demonstrou, mais uma vez, a intenção de modernizar a igreja católica. Para o jornal conservador Le Figaro, as palavras de Francisco "tiveram um forte impacto mundial" e "suscitam diversas interrogações". O diário consulta especialistas para avaliar se o argentino deseja "acabar com a moral católica", "virar as costas para a corrente tradicionalista" e até "enfraquecer a autoridade papal na igreja". O Figaro destaca a frase em que Francisco reafirma que "jamais foi de direita", e lembra o passado jesuíta do papa.

Libération deste sábado publica seis páginas de reportagem sobre a islamofobia.
Libération deste sábado publica seis páginas de reportagem sobre a islamofobia. Libération
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Já o progressista Libération afirma que o pontífice segue uma linha entre a ortodoxia católica e a abertura para questões de comportamento. Não é, portanto, um papa revolucionário, na visão do jornal. Por exemplo: Francisco defende mudanças no papel da mulher na igreja, mas deseja manter o espaço bastante limitado concedido a elas.

A religião, mas desta vez o islamismo, é o assunto da capa do Libé, que dedica seis páginas para debater a islamofobia. O tema principal da reportagem é uma análise da própria palavra islamofobia, que apesar de ter entrado para a linguagem corrente na França, seria inapropriada, na visão de muitos especialistas. A matéria ressalta ainda que o número de agressões físicas a mulheres que utilizam o véu islâmico nas ruas é cada vez maior no país.

Outra reportagem interessante na imprensa francesa desta final de semana é publicada no Le Monde, que destaca o referendo que será realizado na Suíça neste domingo para decidir se o serviço militar obrigatório deve ser mantido ou não no país. O texto explica que quase todos os países europeus aboliram este sistema, preferindo um Exército profissional. Entretanto a Suíça, pequena confederação cercada por cinco países e que não faz parte da União Europeia, hesitaria em deixar a escolha nas mãos dos cidadãos. O Exército suíço é quatro vezes maior ao norueguês ou ao sueco, países de tamanho comparável.
 

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