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Brasil/Protestos

Dilma se reúne com movimentos sociais e com Joaquim Barbosa

A presidente Dilma Rousseff realiza hoje uma série de reuniões para discutir as propostas de reforma política anunciadas ontem em seu pronunciamento. Na agenda da presidente, encontros com o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinicius Furtado Coelho, e com Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal.  

A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, ao lado do vice-presidente, Michel Temer.
A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, ao lado do vice-presidente, Michel Temer. EBC
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Depois de encontrar ontem governadores e prefeitos das principais cidades brasileiras, a presidente Dilma Rousseff abriu hoje a sua agenda para ouvir os principais nomes da área jurídica do Brasil. Pela manhã, Dilma recebeu o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinicius Furtado Coelho.

Ontem, a presidente declarou: “Quero, nesse momento, propor um debate sobre a convocação de um plebiscito popular que autorize o funcionamento de um processo constituinte específico para fazer a reforma política que o país tanto necessita. O Brasil está maduro para avançar”, declarou. Muitos advogados constitucionalistas, porém, reagiram com duras críticas às propostas de instituição de uma constituinte para promover uma reforma política. O argumento desses juristas é que o Poder Constituinte não pode ser delimitado por uma agenda ou assunto específico.

À tarde, a presidente tem agendada uma reunião com Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal. Em pauta, ainda essa proposta de reforma política que também será debatida com presidente do Senado, Renan Calheiros.

Representantes de movimentos sociais também estarão na mesa de negociação de Dilma que diz estar disposta a ouvir as reivindicações que provocaram a maior onda de protestos populares nos últimos 20 anos no Brasil. Na sua coluna semanal “Conversa com a Presidenta”, Dilma voltou a repetir nesta terça-feira que os protestos são legítimos e fazem parte de um regime democrático.

“As manifestações mostram a força de nossa democracia e o desejo da juventude de fazer o Brasil avançar. Se aproveitarmos bem o impulso desta nova energia política, poderemos fazer, melhor e mais rápido, muita coisa que o Brasil ainda não conseguiu realizar devido a limitações políticas e econômicas. Os manifestantes têm o direito e a liberdade de questionar e criticar tudo, de propor e exigir mudanças, de forma pacífica e ordeira”, declarou.

Novos protestos

O MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) e o movimento Periferia Ativa realizam hoje um protesto em Capão Redondo, um dos bairros mais violentos de São Paulo. Em um comunicado, o MTST informou que foi convidado a participar de uma reunião com Dilma Rousseff nesta tarde. Eles disseram que vão levar para reunião propostas como o : “Combate à especulação imobiliária, federalizando a implementação do Estatuto das Cidades e encaminhando ao Congresso projeto de Nova Lei do Inquilinato”. O grupo também vai reiterar o pedido de “tarifa zero para o transporte público”. Essa, aliás, foi a motivação das primeiras passeatas neste mês.
 

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