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Déficit público francês vai explodir em 2013

A explosão do déficit público francês, a queda do índice CAC 40 nas operações de segunda-feira, o aumento do voto na extrema direita e o preço alto dos medicamentos são os destaques dos jornais que circulam na França nesta terça-feira, 25 de junho.

D.R.
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O jornal Le Figaro dedica sua manchete ao alerta de que o déficit público francês poderá ultrapassar este ano 80 bilhões de euros, bem acima do teto de 61,5 bilhões de euros fixado pela lei de finanças do país. Segundo uma comissão da Assembleia Nacional, a perda de receitas fiscais devido à desaceleração econômica é um dos principais fatores do rombo mas não o mais importante.

Outro motivo da explosão é o gasto excessivo do estado principalmente devido ao aumento das despesas com a seguridade social e os repasses de verbas para governos regionais. Em editorial, Le Figaro pede que o governo pare de aumentar impostos para cobrir o rombo e faça mais esforços para reduzir os gastos da máquina pública.

O Aujourd'hui en France traz uma recomendação ao governo francês: é possível reduzir em até 30% o preço dos medicamentos no país. Segundo o jornal, três especialistas fizeram as contas e calcularam que o governo pode economizar até 10 bilhões de euros se alinhar os preços de remédios com o de alguns vizinhos europeus.

Os especialistas citaram vários medicamentos que custam mais caro na França comparado a outros países. O exemplo mais flagrante foi o de um remédio para combater o câncer do seio. Na França, o preço é 119% mais caro que na Itália.

O Les Echos informa em sua manchete que o índice CAC 40 da Bolsa de Paris caiu ontem para seu nível mais baixo este ano, inferior a 3.600 pontos. O jornal especializado em economia explica que os temores como fim do apoio do Federal Reserve, o Banco Central americano, as dificuldades encontradas pelo maior banco da China e as tensões no mercado interbancário deixaram os investidores nervosos e as bolsas do mundo inteiro sofreram as consequências. Para o Les Echos, os próximos meses serão de instabilidade para os mercados.

Extrema Direita

OLibération dedica sua manchete e sua reportagem principal à preocupação crescente dos socialistas com o aumento do voto dos eleitores em candidatos da extrema direita. O jornal se refere à uma eleição legislativa parcial neste domingo em uma pequena cidade do interior da França onde o candidato do Partido Socialista foi eliminado ainda no primeiro turno.

O segundo turno foi disputado por um candidato da Frente Nacional, de extrema-direita, e um conservador do partido UMP, que saiu vencedor. Em editorial, o Libération escreve que durante muito tempo a esquerda francesa pensou que a Frente Nacional era um problema apenas da direita tradicional. O desafio dos socialistas é mostrar que tem soluções para o eleitorado e evitar o crescimento do voto no extremismo, afirma o Libération.
 

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