Brasil e China criam fundo de US$ 30 bi para financiar comércio
À margem da reunião de cúpula do Brics, em Durban, Brasil e China assinaram hoje um acordo bilateral de troca (“swap”) cambial em moedas nacionais de US$ 30 bilhões (R$ 60 bilhões). A China é o maior parceiro comercial do Brasil, e os dois países querem estreitar ainda mais esses laços protegidos de ameaças externas.
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Adriana Moysés, em Durban
Em caso de escassez de crédito no mercado internacional, o acordo vai permitir que Brasil e China continuem oferecendo linhas de financiamento a empresas em suas respectivas moedas (real e iuan) para sustentar o comércio bilateral (exportações e importações). Dessa maneira, os dois emergentes diminuem a dependência em relação ao dólar e ao euro.
O memorando foi assinado pelos ministros da Fazenda e presidentes de banco central dos dois países por um prazo de três anos renováveis. As negociações técnicas começaram em julho de 2012, quando a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente chinês Hu Jintao deram o aval para a criação do dispositivo financeiro. No passado, o Brasil já estabeleceu um acordo semelhante com o FED (banco central) americano.
Segundo o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, os US$ 30 bilhões em reservas representam oito meses de exportações do Brasil para a China e 10 meses de importações chinesas.
O ministro Guido Mantega disse que Brasil e China querem ampliar as parcerias em várias áreas como infraestrutura, energia, petróleo e gás. Os chineses devem aumentar sua participação em empreendimentos no Brasil, na expectativa do ministro.
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