A suspensão do embargo de armas à Síria é o principal tema do encontro dos ministros das Relações Exteriores da União Europeia, reunidos em Dublin, nesta sexta-feira e sábado. Na mesa de negociações, a proposta franco-britânica volta a ser discutida. França e Grã-Bretanha querem armar os rebeldes sírios, apesar da resistência de vários governos do bloco europeu. Alguns integrantes da UE temem que a aprovação desta medida possa desencadear uma corrida armamentista e agravar a instabilidade na região.
A chanceler alemã Angela Merkel, a principal opositora da suspensão do embargo, acredita que Rússia e Irã - países aliados do regime de Bashar al-Assad - possam intensificar o fornecimento de armas, caso o bloco europeu suspenda as restrições. Outros governos temem que as armas possam cair em mãos erradas, como as de terroristas.
A chance de consenso é bem pequena e França e Grã-Bretanha ameaçam até fornecer armas aos rebeldes isoladamente, sem o acordo do bloco. Em um primeiro momento, o objetivo da França é entregar mísseis terra-ar à oposição síria para contra-atacar a ação dos aviões e helicópteros do exército de Assad.
Apesar da falta de consenso sobre o embargo de armas entre os 27 países, a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, voltou a afirmar que o presidente Bashar al-Assad não pode ficar no poder. Segundo a Organização das Nações Unidas, o conflito na Síria que começou há dois anos já matou mais de 70 mil pessoas e fez 1 milhão de refugiados.
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