Explosões atingem universidade de Aleppo e matam mais de 80 sírios
Mais de 80 pessoas morreram e outras 160 ficaram feridas em uma dupla explosão na Universidade de Aleppo, nesta terça-feira. A maioria das vítimas era de estudantes e muitos prestavam exames trimestrais. O atentado ainda não foi reivindicado. Rebeldes e forças oficiais se acusam mutuamente.
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Foi um dos ataques mais sangrentos desde o início dos conflitos no país, há 22 meses, marcados pela repressão violenta dos movimentos populares que contestam o regime de Bachar Al-Assad. As autoridades sírias informaram a morte de pelo menos 82 “mártires” e mais de 160 feridos, números confirmados por um médico do hospital universitário de Aleppo.
Segundo militantes contrários ao regime, o ataque foi provocado por uma blitz aérea das forças oficiais. Já uma fonte militar síria afirma que as bombas foram resultado de dois mísseis lançados pelos rebeldes, que erraram de alvo e caíram sobre o campus. A agência oficial Sana fala de “dois foguetes lançados pelos terroristas” contra a universidade, situada a oeste de Aleppo, segunda maior cidade da Síria, dividida entre áreas rebeldes e bairros em mãos do exército.
Os rebeldes e a oposição pedem a saída de Assad a fim de iniciar uma transição política, mas o atual presidente não parece disposto a deixar o poder e pode até mesmo tentar um novo mandato nas eleições de 2014, com o apoio de um exército fiel.
Segundo a ONU, mais de 60 mil pessoas já morreram desde o início dos conflitos na Síria.
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