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Caso Assange

Wikileaks publicará 1 milhão de documentos em 2013

O website WikiLeaks, especialista na divulgação de dados governamentais sigilosos, publicará 1 milhão de documentos em 2013. O anúncio foi feito pelo fundador do serviço, Julian Assange, a partir da varanda da embaixada do Equador em Londres, onde ele está refugiado há seis meses. "O próximo ano será tão repleto quanto 2012", disse ele.

O fundador do Wikileaks, Julian Assange, na varanda da Embaixada do Equador, em Londres
O fundador do Wikileaks, Julian Assange, na varanda da Embaixada do Equador, em Londres REUTERS/Luke MacGregor
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Ele avisou também que os próximos vazamentos implicam todos os países do mundo. Entre as principais divulgações já feitas pelo Wikileaks estão 250 mil telegramas americanos sobre o Iraque e o Afeganistão, que o transformaram em inimigo declarado de Washington.

Assange falou por cerca de dez minutos e garantiu que a porta está sempre aberta para quem quiser discutir uma saída para o impasse em que ele se encontra a 185 dias.

O australiano de 41 anos continua na embaixada para evitar uma extradição para a Suécia, onde ele teria de responder a acusações de estupro e agressão sexual. O Equador lhe concedeu asilo político, mas a Inglaterra não e insiste na aplicação do mandado de prisão sueco.

No entanto, a Justiça sueca não é o grande medo de Assange. O que ele - que alega inocência e sempre colaborou com os órgãos responsáveis pelo caso - teme de fato é ser mandando para os Estados Unidos, onde pode ser condenado à pena de morte. Nesta quinta-feira, ele voltou a atacar a potência, acusando Washington de ingerências na economia e na política equatorianas.

"A verdadeira democracia", afirmou, com o dedo em riste, "não está na Casa Branca. A verdadeira democracia é a resistência de pessoas armadas da verdade contra as mentiras, da praça Tahrir (Egito) a Londres".

Algumas pessoas, cercadas de mais de 30 policiais, seguravam cartazes durante o discurso, em que se lia: "o mensageiro não pode ser calado" e "Não confiem na Suécia", entre outros.

"Estou aqui porque apoio a liberdade de imprensa", declarou um fã de 28 anos. "Todos devemos garantir que uma versão verdadeira da história seja escrita. Não de trata das acusações contra Assange, mas do direito de uma pessoa divulgar informações que são importantes para o público". A embaixada do Equador reiterou nesta quinta-feira seu apoio a Assange.
 

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