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Terrorismo

Reino Unido extradita cinco suspeitos de manter ligações terroristas para os EUA

O radical islâmico Abu Hamza e quatro outros homens, suspeitos de "atividades ligadas ao terrorismo" chegaram neste sábado aos Estados Unidos, extraditados do Reino Unido. Dois deles, Babar Ahmad, de 38 anos, e Syed Talha Ahsan (33), foram encaminhados diretamente ao Tribunal de New Haven, no estado de Connecticut. De acordo com as autoridades judiciárias locais, eles são acusados de participar de uma publicação londrina que fazia apologia dos talibãs. Os outros três homens serão julgados por tribunais federais em Nova York.

Manifestantes protestam contra a extradição de cinco homens para os Estados Unidos, diante do Tribunal Superior de Londres
Manifestantes protestam contra a extradição de cinco homens para os Estados Unidos, diante do Tribunal Superior de Londres REUTERS/Luke MacGregor
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Antigo imã da mesquita de Finsbury Park, em Londres, Hamza enfrenta o maior número de acusações. Ele manteria ligações com um grupo terrorista que sequestrou 16 turistas (dois deles, americanos) no Iêmen. Quatro reféns foram mortos e vários feridos durante a ação de resgate do exército iemenita.

Em 1999, o ex-imã teria apoiado a criação de um campo de treinamento de guerrilheiros jihadistas dentro dos Estados Unidos. Na mesma época ele teria fornecido suporte financeiro e operacional para o transporte e treinamento de terroristas no Paquistão e no Afeganistão. Por fim, ele teria pedido a fiéis, por mensagens de internet, para apoiar talibãs no Afeganistão com fundos, bens e serviços.

Abu Hamza foi preso na Grã-Bretanha em 27 de maio de 2004 a pedido das autoridades americanas, que o classificaram com "colaborador dos terroristas de porte internacional", no ato de acusação de abril de 2004.

Babar Ahmad é um técnico em informática britânico que passou oito anos preso sem ser julgado no Reino Unido. A inteligência norte-americana o acusa de ter criado um site de internet que coletava fundos para financiar terroristas. A Corte Europeia dos Direitos Humanos (CEDH) acusa Syed Tahla Ahsan de conspirar para matar, sequestrar, mutilar e ferir pessoas, além de destruir bens estrangeiros.

Adel Abdul Bary e Khaled al-Fawwaz são suspeitos de participar dos atentados de 1998 contra as embaixadas americanas de Dar-es-Salaam (Tanzânia) e Nairóbi (Quênia), que deixaram mais de 220 mortos.

Na semana passada, a CEDH abriu a porta para a extradição ao recusar as apelações dos cinco homens. O advogado de Hamza ainda pediu, em vão, que se considerasse o fato de seu cliente sofrer de uma doença degenerativa. Na noite de sexta-feira, eles embarcaram para os EUA, poucas horas depois que seu último recurso foi rejeitado na Suprema Corte de Justiça de Londres.
 

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