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Crise define os estilos de campanha de Barack Obama e Mitt Romney

O confronto entre o democrata Barack Obama e o republicano Mitt Romney pela presidência americana reproduz um exemplo clássico de eleições em tempos de crise, estima o jornal Le Monde que circula neste final de semana. De um lado, Obama, que tenta a reeleição prefere falar de projetos futuros e evitar fazer um balanço de sua presidência enquanto seu adversário republicano ataca justamente os pontos fracos do governo democrata.

Mitt Romney Barack Obama utilizam aplicativos de redes sociais em suas campanhas.
Mitt Romney Barack Obama utilizam aplicativos de redes sociais em suas campanhas. Instagram
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Para o Le Monde, Mitt Romney está prometendo demais, como o corte de 500 bilhões de dólares nas despesas públicas e redução de impostos, mas sem dar muitos detalhes de como conseguir essa equação.

O discurso do partido, diz o Le Monde, prega que o estado deve se afastar de tudo o que for possível e pretende, caso Romney seja eleito, voltar atrás de grandes reformas promovidas por Obama como o plano de saúde para toda a população e ajudas sociais até para o planejamento familiar.

Em extensa reportagem na edição de seu caderno sobre geopolítica, o jornal analisa a política externa do governo Obama que, de acordo com o Le Monde, preferia que os Estados Unidos não fossem a única potência a interferir na ordem internacional.

Mas o mundo exigiu o posicionamento da autoridade americana e o presidente Obama teve que se adaptar. Vários especialistas foram ouvidos pelo Le Monde e usaram diferentes definições para definir Obama: um pragmático-progressista, realista a contra-gosto e até praticante da não-ideologia.

O conservador Le Figaro escreve ironicamente em sua manchete que o presidente francês François Hollande descobriu a crise. Em editorial, o jornal escreve que ao dizer que a extensão da crise é "excepcional", sem mencionar o ex-presidente Sarkozy, o presidente Hollande deixou definitivamente para trás a campanha eleitoral e, quatro meses depois de sua eleição, muda o tom e decidiu acelerar a agenda do governo.

Mas para tornar a França competitiva, segundo o jornal, o presidente terá que adotar medidas dolorosas como corte nas despesas públicas e reformar o mercado de trabalho.

Para o Le Parisien, Hollande se rende às evidências e tenta com seu discurso de ação do governo acalmar a impaciência dos franceses que começa a crescer.
 

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