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Imprensa francesa

Os "banksters" são cada vez mais visados pela justiça, diz o Libération

A imprensa francesa mais engajada socialmente critica hoje os abusos do mercado financeiro e os planos de demissão na França.

Filial do Barclays em Paris, banco acusado de deliberadamente manipular a taxa Libor.
Filial do Barclays em Paris, banco acusado de deliberadamente manipular a taxa Libor. REUTERS/Mal Langsdon/Files
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O jornal progressista Libération destaca em primeira página os recentes escândalos no mercado financeiro internacional, assinalando que as investigações chegam cada vez mais perto do que o jornal chama de "banksters" (acrônimo de banco com gângsters).

O Libération se refere ao escândalo de manipulação da taxa Libor, de referência nos empréstimos interbancários, que foi negociada ilegalmente pelos maiores bancos do mundo. A descoberta em si não espanta ninguém, escreve o Libération em editorial, mas o problema é o acúmulo de escândalos desde a crise financeira em 2008. De lá para cá, governos do mundo todo fizeram vários apelos por mais transparência, mas na realidade as atividades do mercado financeiro continuam cercadas de zonas de sombra, lamenta o Libération.

O jornal L'Humanité destaca em manchete a demissão de 8 mil trabalhadores da montadora francesa Peugeot Citroen. O diário ouviu a opinião de economistas, eleitos e sindicalistas que fazem várias propostas ao governo para contornar a crise do desemprego industrial crescente na França.

"O Estado não está desarmado diante dessa realidade", diz a manchete do diário comunista. Os especialistas ouvidos pelo L'Humanité estimam que o governo deve rever as políticas de subsídios à indústria, para focar suas ações no fortalecimento do diferencial francês de competitividade, e proibir os industriais que recebem ajuda pública de demitir seus trabalhadores ao mesmo tempo em que continuam distribuindo de dividendos aos acionistas. Citando cálculos de Arnaud de Montebourg, ministro da Recuperação Industrial, a Peugeot Citroen teria se beneficiado de 8 bilhões de euros de créditos de impostos. No ano passado, o grupo distribuiu 200 milhões de euros de dividendos a seus acionistas.
 

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