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Egito/eleições presidenciais

Justiça egípcia mantém ex-premiê de Mubarak na corrida presidencial

A Suprema Corte constitucional do Egito decidiu nesta quinta-feira, no Cairo, invalidar uma lei que proíbe a candidatura às eleições de antigos colaborados do ex-presidente Hosni Mubarak, condenado à prisão perpétua. Dessa forma, o ex-primeiro-ministro Ahmad Chafiq continua na corrida presidencial.

O ex-premiê Ahmad Chafiq (à esq.) continua na corrida presidencial contra Mohammed Morsi, da Irmandade Muçulmana.
O ex-premiê Ahmad Chafiq (à esq.) continua na corrida presidencial contra Mohammed Morsi, da Irmandade Muçulmana. REUTERS/Amr Abdallah Dalsh (L) and Mohamed Abd El Ghany(R) /File
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Chafiq, 70 anos, enfrenta Mohammed Morsi no próximo final de semana, no segundo turno das eleições presidenciais. O último chefe de governo de Mubarak, derrubado no ano passado por uma revolta popular, alcançou 23,6% dos votos no primeiro turno. Morsi conseguiu 24,7%. Após o anúncio desses resultados, Chafiq alertou que a vitória de um islâmico nas eleições presidenciais colocará "a nação em perigo”.

Morsi, engenheiro de 60 anos, graduado nos Estados Unidos, tem apoio da Irmandade Muçulmana, que já domina o Parlamento. Diante do temor de que sua vitória favoreça o radicalismo islâmico, ele assegura que manterá as liberdades adquiridas após a revolução. Morsi assegurou que não obrigará as mulheres a utilizar o véu e que vai garantir os direitos da minoria cristã.

O Egito, país mais populoso do mundo árabe, com 82 milhões de habitantes, foi o segundo na região, depois da Tunísia, a ter seu presidente deposto no ano passado pela pressão de uma revolta popular. Hosni Mubarak foi condenado no dia 2 de junho à prisão perpétua por sua responsabilidade na repressão da revolta, que resultou na morte de 850 pessoas. Várias fontes indicam que o estado de saúde de Mubarak vem piorando rapidamente desde a condenação.

O Exército egípcio, no poder desde a queda do regime e que prometeu cedê-lo ao presidente eleito antes do fim de junho, assegurou que vai se manter neutro e vai mobilizar 150 mil soldados para manter a segurança e evitar confrontos violentos durante a votação.
 

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