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Le Monde considera veto parcial de Dilma ao Código Florestal uma 'manobra arriscada'

A edição de domingo e segunda-feira do jornal Le Monde destaca o veto parcial da presidente Dilma Rousseff ao Novo Código Florestal brasileiro. "A presidente tomou a decisão de rejeitar uma anistia aos que desmataram ilegalmente no passado", informa o Le Monde, descrevendo as sete horas de reunião que antecederam o anúncio feito na sexta-feira pela ministra Izabella Teixeira.

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De acordo com o Le Monde, a decisão parcial de Dilma Rousseff contrariou o poderoso lobby do setor agrícola e também deixou insatisfeitos os ambientalistas, que defendiam o veto total da nova legislação.

O jornal explica que a presidente brasileira retomou 14 artigos que tinham sido aprovados pelo Senado em dezembro, antes de serem rejeitados pela Câmara dos Deputados. "Dilma propôs mais 13 ajustes no texto e cinco novos dispositivos que só serão conhecidos no dia 28", segundo o Le Monde. Resultado: do jeito que está o novo Código Florestal é inaplicável, uma colcha de retalhos. Medidas provisórias deverão ser anunciadas até que seja concluída uma nova versão do texto.

Para o Le Monde, ao optar pelo veto parcial Dilma fez uma escolha politicamente arriscada, pois a bancada ruralista da Câmara dos Deputados poderá mexer no texto outra vez. "É uma perspectiva constrangedora para Dilma Rousseff e seu governo, a menos de um mês da abertura da conferência Rio +20", diz o Monde.

O jornal ouviu as ONGs Greenpeace, SOS Mata Atlântica e WWF e a avaliação é que Dilma manteve disposições perigosas para o meio ambiente.

Euro frágil

Em sua manchete principal, o jornal destaca o agravamento da crise na zona do euro. A crise bancária espanhola atingiu a confiança no euro pela primeira vez, diz o Le Monde. Até agora, a moeda única europeia vinha sendo poupada, mas a situação se deteriorou na sexta-feira e o euro recuou para US$ 1,25 frente ao dólar.

Essa desvalorização pode ter um efeito benéfico para as exportações europeias, mas toda moeda tem duas faces e a outra face, nesse caso, é que as importações ficam mais caras e podem agravar a balança comercial de países já fragilizados pela recessão.

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