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O Mundo Agora

Estados Unidos pede à Europa consenso para enfrentar crise

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“A crise do euro já vai quase entrar no seu terceiro ano, sem que os governos europeus tenham encontrado uma solução consensual para resolver o problema. Pior ainda, a acrimônia aumenta entre os Estados praticamente falidos da Europa do Sul e os Estados do Norte, mais sérios e mais prósperos, cujo o receituário de austeridade a qualquer custo está criando um perigoso descontentamento geral. A crise econômica está pouco a pouco descambando para a crise política. E muita gente já viu esse filme e sabe que não há happy end". Ouça a crônica de política internacional de Alfredo Valladão.

Da esquerda para a direita, François Hollande, presidente francês, Barack Obama, presidente americano e a chanceler alemã Angela Merkel durante encontro do G8 em Camp David.
Da esquerda para a direita, François Hollande, presidente francês, Barack Obama, presidente americano e a chanceler alemã Angela Merkel durante encontro do G8 em Camp David. REUTERS/Larry Downing
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"Não é à toa que o resto do mundo está começando a ficar preocupado. A Europa continua sendo um dos principais motores da economia mundial. Se começar a engasgar é toda a economia mundial que vai dar uma freada. Sinais inquietantes já estão aparecendo na China, na Índia ou no Brasil: o crescimento e o dinamismo estão diminuindo de maneira alarmante. A prioridade, hoje, é promover rapidamente a volta do crescimento econômico no Velho Continente, mas sem gastança pública nova. Não há mais dinheiro para isto. A eleição de François Hollande na França, favorável a uma combinação de austeridade com crescimento representa uma janela de oportunidade para tentar dobrar a intransigência da chanceler alemã, Angela Merkel, e salvar o que ainda pode ser salvo na Grécia. Mas apesar da urgência, os europeus continuam protelando e o mundo roendo as unhas. Mais uma vez, Washington decidiu que já era hora de intervir. Barak Obama reuniu os líderes do G7 em Camp David (com o russo Medvedev no papel de figurante sem importância), e deixou bem claro que havia chegado a hora dos europeus se entenderem e que o mundo não tinha condições de aguentar as tergiversações entre alemães, franceses, italianos ou gregos. Chegou a hora de ser sérios e voltar a crescer. Virem-se! Ninguém sabe, é claro se este puxão de orelha vai funcionar, mas a coisa interessante é que na hora do “vamos-ver”, não há mais BRICS ou G20s. É a velha aliança ocidental que está decidindo os destinos do planeta.”

Clique acima em "Ouvir" para escutar a crônica de política internacional de Alfredo Valladão.
 

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