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Discriminação/Islã

Relatório denuncia a discriminação contra os muçulmanos na Europa

A Anistia Internacional divulgou nessa terça-feira um relatório sobre a discriminação contra os muçulmanos nos países europeus. A instituição denuncia a instrumentalização do tema pelos partidos políticos, que incentivam o preconceito em busca de votos.

Cartaz do relatório da Anistia Internacional sobre a discriminação contra os muçulmanos na Europa.
Cartaz do relatório da Anistia Internacional sobre a discriminação contra os muçulmanos na Europa. www.amnesty.fr
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Baseado em dados da população muçulmana, a Anistia Internacional divulgou um relatório, nesta terça-feira, que denuncia a discriminação e a exploração política de preconceitos na França, Bélgica, Espanha, Holanda e na Suíça. A organização, que luta pela defesa dos direitos humanos, afirma que a legislação europeia é ineficaz na luta contra o preconceito. Um dos reflexos dessa postura seria o índice desemprego mais elevado entre a população muçulmana, principalmente a de origem estrangeira.

A Anistia Internacional destaca que empregadores dos países analisados escondem suas posições sob o pretexto de que a ostentação dos símbolos religiosos e culturais dos empregados incomodaria os clientes e colegas de trabalho. "Algumas mulheres muçulmanas são privadas de emprego e as jovens são impedidas de ir à escola simplesmente por usarem roupas tradicionais, como o véu", declarou Marco Perolini, membro da entidade. "E alguns homens podem ser demitidos pelo uso da barba, associado ao islamismo", concluiu.

A Anistia Internacional também denuncia o acesso limitado que vem sendo dado à reza dos muçulmanos. Ela destacou a Suíça, onde a população votou contra a construção de novos minaretes, em 2009, e a região da Catalunha, na Espanha, onde muitos são obrigados a rezar nas ruas por falta de locais adaptados.

Para a entidade, alguns partidos políticos da Europa tem incentivado o preconceito, em busca de um maior número de eleitores. A publicação é lançada dois dias após o bom resultado da extrema-direita nas eleições presidenciais francesas, que alcançou o maior número de votos de sua história no país. 
 

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