O clima continua tenso entre Buenos Aires e Madri desde o anúncio feito pelo governo argentino de que pretende estatizar a companhia de petróleo YPF, filial da espanhola Repsol. A YPF, que já foi responsável por 65% do gás e do petróleo argentinos, produz atualmente 34% do gás e petróleo consumido no país latino-americano. A presidente argentina insiste na decisão, enquanto no lado espanhol Madri já anuncia represálias e conta com o peso da União Europeia a seu favor.Conversamos sobre o assunto com nosso correspondente em Buenos Aires, Márcio Resende. Ele explica que a principal batalha será pelo preço a ser pago aos espanhóis pela expropriação. A Repsol avalia que deve receber US$ 10,5 bilhões. Para o Estado argentino, quem vai avaliar isso é um tribunal de contas sob controle do governo, e o mais provável é que o valor não chegue nem a US$ 5 bilhões.O jornalista relata que desde que os Kirchner chegaram ao poder, uma série de empresas privatizadas foram reestatizadas e os seus administradores estrangeiros, expulsos do país. Foi assim com o Correio argentino, com a companhia de Águas e Esgoto, com a companhia aérea Aerolineas Argentinas e até com o sistema de Previdência Social.
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