Crise de credibilidade marca campanha presidencial no México
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Em meio a uma guerra, que já deixou mais de cinquenta mil mortos, o México iniciou oficialmente na última sexta-feira sua campanha presidencial. Como era de se esperar, em um cenário de terra devastada, como o que há por lá, o candidato da oposição Enrique Peña Nieto leva ampla vantagem nas pesquisas, seguido pela governista Josefina Vázquez Mota, ex-ministra do atual governo do presidente Felipe Calderón. A dianteira desta chamada esquerda mexicana, no entanto, não carrega ares de renovação: Peña Nieto integra o PRI, Partido Revolucionário Institucional, que governou o México durante setenta e um anos, até perder a hegemonia para o conservador PAN (Partido Ação Nacional), de Calderón. Sua tão possível eleição traria de volta ao poder um partido que sofreu todo tipo de acusações, desde corrupção até a deliberada complacência com o tráfico de drogas. Para piorar, a figura de Peña Nieto não é das mais inspiradoras. Por exemplo: numa sessão de perguntas, em novembro do ano passado, este advogado de 45 anos se enrolou para enumerar três livros que teriam lhe influenciado e acabou citando só um: a Bíblia, que teria lido parcialmente. Sobre a campanha eleitoral mexicana, ouça no programa Fato em Foco, o comentário da jornalista mexicana Patrícia Guerrero e do professor de Ciências Políticas na UNAM, a Universidade Nacional Autônoma do México, Carlos Fazio.