Prazo para adesão à troca de papéis da dívida grega termina hoje à noite
Hoje é o Dia D para a Grécia saber se a operação de reestruturação da sua dívida vai ser bem sucedida. A troca de 206 bilhões de euros de títulos da dívida está em jogo. O suspense termina hoje a noite. Um calote desornedado poderia custar 1 trilhão de euros para a economia mundial.
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Essa é a operação de reestruturação da dívida soberana mais importante da história das finanças, o que pode justificar o nervosismo dos investidores. Se a operação fracassar, o Estado grego entrará oficalmente em falência, já que não terá mais condições de pagar os seus credores. Pior: não poderá receber a parcela de 130 bilhões de euros da ajuda europeia.
Para que o perdão de 107 bilhões da dívida seja obtido, o que equivale a metade da dívida, é preciso que pelo menos 75% dos credores aceitem renegociar os papéis soberanos gregos, mas o ideal seria que a taxa de participação chegasse a 90%.
Até o momento, cerca de 40% dos credores, entre grandes bancos e fundos de investimento, confirmaram a adesão ao plano de troca. As autoridades gregas e europeias procuram mostrar otimismo e dizem que tudo corre bem. O sucesso da operação, porém, ainda é duvidoso. O IIF (Instituto de Finança Internacional) apresentou uma lista com 30 nomes de bancos e fundos de investimento, sobretudo europeus, que apoiam publicamente o plano.
Mas o problema é que aproximadamente um quarto da dívida grega está pulverizada nas mãos de centenas de fundos especulativos e de instituições que ainda não se pronunciaram sobre a operação. Pequenos investidores individuais também resistem a aceitar um calote parcial. Muitos deles são gregos e temem, em meio à grave crise que aintge o país, perder parte do patrimônio aplicada em papéis da dívida.
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