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Figaro destaca "freio" na economia brasileira "sob o efeito da crise mundial"

O jornal francês Le Figaro publica hoje uma matéria sobre a queda do crescimento do Brasil, que passou de 7,5% em 2010 para "somente" 2,7% no ano passado. "Um ano pálido para a locomotiva sul-americana", inicia o texto, que destaca que o consumo interno continua sendo o principal motor da economia, enquanto a indústria registrou as maiores quedas ao longo do ano e os setores agroalimentar e de serviços permanecem dinâmicos.

Ministro da Fazenda, Guido Mantega, já previa a diminuição do crescimento no ano passado.
Ministro da Fazenda, Guido Mantega, já previa a diminuição do crescimento no ano passado. Reuters
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Um economista ouvido pelo jornal explica que o país "sofreu um choque externo", já que a valorização do real face ao dólar penalizou a indústria nacional, que ainda sofreu com efeitos das políticas monetária e fiscal adotadas pelo governo. O resultado é que o Brasil importou quase duas vezes mais do que exportou em 2011.

A preocupação mais imediata do governo Dilma Rousseff, lembra o jornal, é combater o chamado "tsunami de dólares", expressão cunhada pela presidente para explicar a injeção de liquidez nos mercados pelos países ricos. Para o Brasil, diz o texto, a questão apenas piora o cenário de "guerra de moedas" que temia o ministro Guido Mantega.

Mas ainda assim, afirma o Figaro, o país tem razões para estar otimista para o futuro. Os investimentos em infraestrutura, chamados de "calcanhar de Aquiles" do Brasil pelo diário, se revigoram graças às obras para a Copa do Mundo e as Olimpíadas.

Porém o assunto que de fato domina os jornais franceses publicados nesta manhã são os últimos acontecimentos da campanha eleitoral francesa para as eleições de abril e maio. O Figaro dá amplo destaque à um programa de televisão que contou ontem com a participação do presidente francês, Nicolas Sarkozy. Conservador, o jornal afirma que Sarkozy teve a oportunidade de "responder aos seus críticos e fazer novas propostas".

Já o diário de esquerda Libération dá mais importância para o debate sobre imigração e, mais precisamente, a carne halal. Nos últimos dias, a direita francesa tem condenado a produção da carne sob os rituais muçulmanos, o que o jornal chama de "polêmica estúpida" e observa que a verdadeira questão que preocupa os franceses é a situação da economia.
 

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