Acessar o conteúdo principal
Escândalo/DSK

DSK passa a noite detido, mas pode ser liberado hoje

A polícia prolongou a detenção provisória do ex-diretor gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, que está sendo interrogado por sua suposta ligação com uma rede de prostituição do norte da França. O perído da detenção de 48 horas para interrogatório termina hoje à tarde, mas, se o juiz considerar as informações insatisfatórias, DSK poderá ficar atrás das grades por mais 48 horas.

Dominique Strauss-Kahn exibe o relatório da investigação feita pela Promotoria de Nova York, que retirou as acusações contra ele.
Dominique Strauss-Kahn exibe o relatório da investigação feita pela Promotoria de Nova York, que retirou as acusações contra ele. REUTERS
Publicidade

Sem nenhum privilégio, o ex-diretor do FMI Dominique Strauss-Kahn passou a noite em uma cela comum de 3 m², com uma fossa no chão e um modesto colchão de espuma numa delegacia de Lille, norte da França. O perído da detenção de 48 horas para interrogatório termina hoje à tarde, mas, se o juiz considerar as informações insatisfatórias, DSK poderá ficar atrás das grades por mais 48 horas.

Após ouvir o depoimento de Dominique Strauss-Khan, a polícia confronta as suas declarações às de outras oito pessoas também acusadas de envolvimento em uma rede de prostituição de luxo. Uma das prostitutas afirmou que o ex-chefe do FMI, em umas das festas, pegou o seu número de telefone e pediu para saber quanto ele cobrava por serviços sexuais.

A polícia deseja esclarecer até que ponto DSK sabia que as orgias da qual participava contava com a presença de prostitutas aliciadas por amigos influentes do socialista. Na lista de acusados de organização do esquema de prostituição, está um membro do alto escalão da polícia de Lille, empresários e diretores do hotel Carlton.

Outro eixo da investigação policial é o financiamento dessas orgias. A polícia investiga a origem fraudulenta do pagamento das festas e das viagens internacionais das prostitutas. Na França, ser cliente de prostituição não é crime, mas, sim, a exploração do trabalho sexual de terceiros. Strauss-Khan alega inocência e disse não saber que as mulheres eram pagas para participar das orgias.
 

Anne Sinclair

A mulher de Dominique Strauss-Khan, a jornalista Anne Sinclair, decidiu romper o silêncio e dará uma entrevista ao canal de televisão France 5 no próximo dia 8 de março. Essa será sua primeira entrevista desde maio do ano passado quando DSK foi acusado de agressão sexual contra uma camareira em um hotel de Nova York. Na entrevista, porém, não está decidido se ela falará dos escândalos envolvendo o marido ou se fará apenas a promoção do seu livro sobre sua história familiar.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.