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França/Mianmar

Chanceler francês faz visita histórica a Mianmar

É a primeira vez, desde a independência de Mianmar (antiga Birmânia), em 1948, que um ministro francês das Relações Exteriores visita oficialmente o país. Neste domingo, em Rangum, ele encontrou a líder da oposição, Aung San Suu Kyi, a quem entregou a insígnia de comandante da Legião de Honra.

O ministro das Relações Exteriores da França, Alain Juppé, ao lado da opositora Aung Sang Suu Kyi, em Rangum.
O ministro das Relações Exteriores da França, Alain Juppé, ao lado da opositora Aung Sang Suu Kyi, em Rangum. AFP
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Alain Juppé visitou Aung San Suu Kyi em sua residência, em Rangum. O encontro durou uma hora e, em seguida, o chanceler anunciou que vai triplicar a contribuição financeira da França ao país, que passa a ser de 2,1 milhões de euros, para a ajuda humanitária e o apoio ao desenvolvimento civil. Juppé também vai estudar a possibilidade da Agência francesa para o desenvolvimento criar projetos em Mianmar.

No plano político, o ministro afirmou a importância das minorias étnicas - que representam 40% da população - participarem do processo de reconciliação nacional. Com ares de aprovação, Aung San Suu Kyi completou a declaração, dizendo que um acordo de paz entre o governo central e os grupos étnicos de guerrilheiros será um passo fundamental para a política do país se normalizar.

A "dama de Rangum", como é conhecida, lembrou que o processo de abertura está apenas começando e que não exclui uma reviravolta por parte do regime. Por esta razão, ela pede que uma eventual suspensão das sanções econômicas dos países ocidentais contra o atual governo se faça progressivamente.

Eleições

Aung San Suu Kyi explicou ao enviado especial da Rádio França Internacional, Arnaud Dubus, porque decidiu se candidatar às eleições legislativas marcadas para abril: "Muitos cidadãos do meu país pensam que é muito limitado para mim ser um simples membro do Parlamento. Mas eu acho que é muito perigoso achar que um político, seja ele quem fôr, é capacitado demais para ocupar a base da democracia parlamentar. É preciso uma certa humildade para se comprometer de modo correto na política democrática", disse Aung San Suu Kyi.

 

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