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"Sarkozy celebra Sarkozy", ironiza Libération sobre autoelogios do presidente

Além de repercutir os importantes acordos firmados esta semana por líderes da zona do euro, os principais jornais franceses desta sexta-feira dão destaque às declarações do presidente Nicolas Sarkozy, ontem, em dois canais de televisão, sobre as próximas medidas de austeridade na França. 

Nicolas Sarkozy deu entrevista a dois jornalistas na noite de quinta-feira.
Nicolas Sarkozy deu entrevista a dois jornalistas na noite de quinta-feira. REUTERS/TF1
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O Libération ironiza os autoelogios do líder francês, lançando em sua manchete "Sarkozy celebra Sarkozy". "Ou eu ou a crise" é a frase de uma charge do jornal com o desenho do presidente. Libération destaca que Sarkozy se referiu a si mesmo sugerindo que ele foi um dos salvadores da zona do euro, ao lado da chanceler alemã, Angela Merkel. Os dois trabalharam com firmeza para desbloquear as negociações com bancos europeus. Sarkozy dramatizou ao dizer que uma catástrofe foi impedida com os acordos, diz Libération.

Em um artigo publicado no Le Figaro, o membro do Conselho Europeu de Relações Externas François Godement escreve que a ajuda oferecida pelos emergentes face à crise europeia, sobretudo pela China, é uma grande ironia. Menos de quinze anos após a grande crise financeira asiática de 1998, a Europa ajudou a região através do FMI. "Agora, a solução para a crise das dívidas soberanas da Europa passa por um fundo especial, sem dúvida com a contribuição da Ásia", afirma o artigo.

No jornal econômico Les Echos, o correspondente em São Paulo, Thierry Ogier, assina uma reportagem contando que a OCDE, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, com sede em Paris, publicou hoje estimativas sobre a economia do Brasil que não agradaram ao governo de Dilma Rousseff. A OCDE prevê que a inflação brasileira no ano que vem vai ficar em 6,2%, maior do que a estimativa de 4,8% do Ministério das Finanças. O organismo internacional insiste na necessidade de reformas fiscais e da aposentadoria, mas Dilma já avisou que não vai tocar nesse dossiê tão cedo.

 

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