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Líbia/Revolução

Rebeldes líbios tomam Trípoli mas Kadafi resiste

Muammar Kadafi pediu, neste domingo à noite, a seus partidários, que "limpem" a capital dos rebeldes que tomaram o controle de vários bairros de Trípoli, em uma mensagem divulgada pela televisão líbia. Em meio a bombardeios do complexo onde vive, Kadafi afirmou que não há lugar para agentes do colonialismo em Trípoli e na Líbia.

Veículos transportam rebeldes líbios perto de Trípoli, nesse domingo (21).
Veículos transportam rebeldes líbios perto de Trípoli, nesse domingo (21). REUTERS/Bob Strong
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A Otan, Organização do Tratado do Atlântico Norte, teria bombardeado, neste domingo, o complexo de Bab al-Aziziya, no centro da capital líbia, segundo a rede de televisão Al Jazeera. O local fortificado é onde vive o ditador. Ainda segundo a Al Jazeera, os rebeldes teriam matado 31 membros das forças governistas e capturado outros 42.

Neste domingo, os rebeldes tomaram o controle da grande base militar da Brigada Khamis, localizada a quase 26 km a oeste de Trípoli, expulsando forças de elite lideradas por Khamis Kadafi, filho de 27 anos do líder líbio, do que já foi um dos maiores símbolos de poder do regime. A Brigada Khamis, que tinha a função de defender Trípoli, é uma das unidades mais bem treinadas e equipadas do Exército líbio. Depois de conquistar a base, os militantes armados avançaram em direção à capital.

Na noite de sábado, foi lançada a operação sereia, realizada conjuntamente pelo Conselho Nacional de Transição líbio e rebeldes armados, com o apoio da Otan. A ofensiva tem o objetivo de isolar o general em Trípoli e provocar sua queda.

Mortos e feridos

Mais de 370 pessoas foram mortas e cerca de 1.000 ficaram feridas em Trípoli desde o início da ofensiva lançada no sábado à noite pelos rebeldes contra a capital líbia, bastião do regime de Muamar Kadafi, indicou neste domingo uma autoridade líbia.

"Foram 376 mortos e mais de 1.000 feridos", disse a autoridade, que pediu para não ser identificada, a jornalistas no hotel Rixos, que abriga a imprensa estrangeira. O alto funcionário também alertou para um massacre se os rebeldes entrarem em Trípoli.

Pressão ocidental

Vários países ocidentais, entre eles Estados Unidos e França, afirmaram, neste domingo, que o regime de Kadafi se aproxima do fim. A Casa Branca afirmou, através de comunicado, acreditar que os dias do ditador Muamar Kadafi estão contados e que o povo líbio merece um futuro justo democrático e pacífico.

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, pediu, neste domingo, que Kadhafi renuncie ao poder "sem mais demora" para poupar a população de "mais sofrimento inútil". Em comunicado divulgado pela Presidência francesa, Sarkozy solicita um "cessar-fogo de maneira imediata às forças que ainda são leais" a Kadafi, que entreguem as armas, retornem a seus lares e se ponham à disposição das "autoridades líbias legítimas".
 

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