Les Echos destaca parceria franco-brasileira de 600 milhões de reais na área de biotecnologia

O diário econômico Les Echos destaca uma parceria franco-brasileira na área de biotecnologia. O laboratório farmacêutico estatal francês LFB assinou ontem um contrato com o Hemobras, laboratório do governo federal em Pernambuco, para a construção de uma unidade de tratamento do plasma sanguíneo, substância cada vez mais requisitada na fabricação de medicamentos.

RFI

Les Echos destaca que o governo brasileiro está investindo 300 milhões de euros no projeto, cerca de 675 milhões de reais, sendo que a metade dos recursos serão pagos ao laboratório francês pela transferência de tecnologia, o fornecimento de equipamentos e o treinamento de 30 especialistas brasileiros aqui na França. A unidade de tratamento de plasma vai ser construída a 60 km de Recife, em Goiana, e deve estar concluída em 2017. Segundo Les Echos, inicialmente serão produzidos seis medicamentos usados contra a trombose, a hemofilia, além de agentes coagulantes.

O presidente do laboratório francês de biotecnologia, Christian Béchon, declarou ao jornal que servir os doentes brasileiros é uma abordagem de interesse econômico e social.

Crise na França

Os jornais de hoje destacam o aumento do desemprego na França e as perspectivas de estagnação econômica do país nos próximos dois anos, devido à imensa dívida pública do estado francês.

Le Figaro informa em manchete que o governo prepara uma nova ofensiva fiscal para reequilibrar o orçamento do ano que vem. A ideia é aumentar a receita taxando atividades que ainda se beneficiam de isenção de impostos, os chamados nichos fiscais.

Les Echos diz que a alta do desemprego em junho, com 33.600 desempregados a mais no mercado de trabalho, é uma ducha de água fria que neutraliza a evolução positiva registrada nos últimos meses. Recém-chegada na direção do FMI, a ex-ministra francesa da Economia, Christine Lagarde, que conhece como ninguém as contas públicas francesas, mandou um recado: a França precisa cortar 16 bilhões de euros de despesas em seu orçamento, para atingir um défict público inferior a 4% em 2013, o objetivo do presidente Nicolas Sarkozy.