FAO pede 120 milhões de dólares para nordeste da África

A FAO pediu 120 milhões de dólares suplementares para ajudar os países da região do Chifre de África, afetados por uma grave seca, que pode ser a pior em décadas, e ameaçados pela fome. Paralelamente, duas regiões do sul da Somália foram declaradas em crise crônica de fome .

Fila de mulheres esperando por comida em um campo de ajuda na capital da Somália, Mogadishu (20/07/2011). Reuters

A atual seca, que pode ser a pior em décadas, atinge mais de dez milhões de pessoas no nordeste africano, região conhecida também como Chifre da África e que inclui a Somália, Etiópia, Djibuti e Eritréia. Para combater o problema, a organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) fez um apelo por 120 milhões de dólares.

Paralelamente, a Agência para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha) alertou para as consequências dessa seca na Somália, onde duas regiões do sul foram declaradas em crise de fome.  Entre os fatores que definem uma crise de fome em um país estão, segundo a ONU, uma taxa de mortalidade importante, má nutrição e difícil acesso a àgua potavel.

'Se não agirmos, a fome vai se estender às oito regiões do sul da Somália em dois meses', diz comunicado emitido pela Ocha, nesta quarta-feira. Além da seca, que provocou colheitas ruins, o aparecimento de doenças infecciosas também piorou quadro, segundo um coordenador humanitário da ONU. A agência acredita que quase a metade da população somali, ou seja, 3,7 milhões de pessoas, das quais 2,8 milhões vivem no sul, se encontram em situação crítica.