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IMPRENSA

Queda de Mubarak é irreversível para a imprensa francesa

As intervenções de Hosni Mubarak, no Egito, e de Nicolas Sarkozy, na televisão francesa, ambas na noite de quinta-feira, dominam as manchetes dos jornais franceses desta sexta-feira, 11 de fevereiro. Para a imprensa, Sarkozy decepcionou. Mubarak é descrito pelo jornal Libération como um astro morto da tirania.

A imprensa francesa considera que a queda de Mubarak é só uma questão de tempo.
A imprensa francesa considera que a queda de Mubarak é só uma questão de tempo. RFI
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Sobre a crise política no Egito, a imprensa francesa considera que a queda de Hosni Mubarak é irreversível. O jornal católico La Croix traz matéria de página inteira com um perfil do presidente egípcio. De uma carreira militar em que ele começou como um soldado exemplar, Mubarak se tornou um déspota. Em 30 anos no poder suas políticas econômicas não conseguiram desenvolver o país, que se viu obrigado a privatizar a maior parte das empresas públicas para reduzir o endividamento. O Egito tomou o caminho do futuro, mas a viagem tem sido extremamente penosa para a maioria dos egípcios, escreve Le Croix.

Em editorial, Libération se refere a Mubarak como um astro morto da tirania, um faraó que já roubou demais, enganou seu povo e reprimiu demais para achar que ainda tem algum futuro. "Fora Mubarak", conclui Libération. Para o jornal comunista L'Humanité, o discurso de ontem foi o último ato do líder egípcio, que já foi abandonado pelas Forças Armadas.

Sarkozy decepciona a imprensa

O jornal Le Parisien faz um resumo ponto por ponto dos principais assuntos tratados pelo presidente francês em sua apresentação, na noite de ontem na tevê, respondendo às perguntas de nove franceses representativos da população. O jornal chama a atenção para as medidas anunciadas nas áreas de segurança e criação de empregos. Sarkozy disse que vai aumentar o número de câmeras de vídeo nas ruas. Atualmente existem 60 mil. Ele também prometeu investir 500 milhões de euros na criação de novos empregos, por meio de contratos subsidiados pelo Estado, informa Le Parisien. Esses contratos fizeram sucesso no governo do ex-premiê socialista Lionel Jospin, mas foram cortados quando o líder da direita chegou ao poder. Agora, Sarkozy reconhece que é uma boa ideia.

Na avaliação do diário conservador Le Figaro, Sarkozy utilizou um tom protetor em sua intervenção, como gostam e esperam os franceses do chefe de Estado.

Já o Le Monde analisa que as greves realizadas ontem por juízes e professores da rede pública demonstram a insatisfação da classe média francesa com a atuação do presidente.

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