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França / Síria / Grupo Estado Islâmico

Jihadistas francesas detidas na Síria recusam que filhos sejam repatriados à França

Uma equipe de reportagem do canal de televisão France 2 esteve no acampamento de Roj, na Síria, onde estão detidas 15 francesas com seus filhos. O governo francês espera que as crianças possam crescer na Europa, longe das mães.

Imagem do programa do canal de televisão France 2 que conversou com francesas detidas em acampamento na Síria.
Imagem do programa do canal de televisão France 2 que conversou com francesas detidas em acampamento na Síria. Fotomontagem RFI
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“Não, não aceito! Se ele for, vou com ele. Não posso ficar sem ele, é minha vida”, diz Amandine Le Coz, filmada por uma câmera escondida. Esta francesa convertida ao Islã, se tornou jihadista e fez parte, durante anos, do Grupo Estado Islâmico (EI). Ela recusou todas as propostas das autoridades francesas de repatriar seu filho de um ano e meio, que atualmente vive com ela no acampamento de Roj. O lugar acolhe aproximadamente 500 famílias vindas do EI.

Entre elas, está Emilie König, ou ainda Margaux Dubrueil. Esta francesa que nasceu em Nantes, no noroeste da França, casou duas vezes com combatentes do EI. Ela também não pensa em deixar seus três filhos voltarem para a França. “Se eles forem, tudo pode me acontecer. Fiquei sabendo que algumas mulheres eram enviadas a Bagdá e condenadas à morte. Com as crianças ao meu lado, talvez eles tenham um pouco de misericórdia”, explica.

Crescer no acampamento

As autoridades curdas esperam encontrar uma solução rapidamente. “Ainda há tempo para salvá-los”, afirma Nora Abdu, diretora do acampamento. “Não se deve deixá-los crescer aqui, pois não poderemos garantir um futuro decente a essas crianças”, completou.

Enquanto uma decisão não é tomada, as crianças estão voltando a ter contato com o ensino e a educação, algo que era proibido quando estavam no EI. Aulas de inglês e música são oferecidas diariamente. “Meu dever é fazer com que elas voltem a se inserir no mundo”, diz um dos professores, que não esquece de dar um aperto de mãos para se despedir das crianças. Um ato altamente simbólico, que era proibido quando viviam sob o domínio do Estado Islâmico.

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