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Moda/França

Hedi Slimane assume direção da marca Céline, após passar por Dior e Saint Laurent

O estilista francês Hedi Slimane, que transformou a silhueta masculina à frente da Dior e sacudiu a Saint Laurent durante sua passagem, assume a direção artística da marca Céline. A grife do grupo líder mundial do luxo LVMH tinha seu estilo comandado há uma década pela britânica Phoebe Philo.

Hedi Slima ficou conhecido por transformar a silhueta masculina e pelo sucesso comercial de suas coleções.
Hedi Slima ficou conhecido por transformar a silhueta masculina e pelo sucesso comercial de suas coleções. © Y.R.
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Aos 49 anos Slimane volta ao grupo LVMH, onde “dirigirá, a partir do mês de fevereiro, todas as coleções da maison Céline, que ele ampliará com a moda masculina, a alta-costura e os perfumes”, indicou a empresa em um comunicado.

“Estou muito contente por me unir a Bernard Arnault nessa missão apaixonante para a Céline. Estou ansioso para voltar para esse mundo excitante da moda e para o dinamismo dos ateliês”, disse o estilista, fazendo alusão ao presidente do grupo LVMH, um dos homens mais ricos da França.

« Ele é um dos estilistas mais talentosos de nossos tempos. Tenho certeza que Hedi fará da Céline uma das maisons francesas mais emblemáticas. Ele vai contribuir com sua visão global do mundo e sua virtuosidade estética absolutamente única”, declarou Bernard Arnault.

Slimane começou sua carreira em 1996, imponto seu estilo na Yves Saint Laurent, onde era responsável pela coleção masculina. Após quatro anos, o estilista deixou a marca para assumir a linha masculina da Dior, onde ficou entre 2001 e 2006.

Estilista mudou o guarda-roupa dos homens

Sua passagem pela maison, que também faz parte do grupo LVMH, foi o momento em que ele operou uma mudança radical na silhueta dos homens, propondo um look claramente inspirado no mundo do rock dos anos 1960, com ternos curtos e ajustados e as calças slim que foram logo adotadas por toda uma geração.

Depois da saída da Dior, de onde teria se demitido, segundo rumores da época, por não ter sido nomeado para dirigir também as coleções de moda feminina, Slimane se reinventou. Ele se mudou para Los Angeles, onde atuava como fotógrafo, e fugia das entrevistas, como se o mundo da moda não o interessasse mais. Até que o grupo Kering, outro líder mundial do luxo, veio bater à sua porta o convidando para voltar para Yves Saint Laurent, desta vez assinando a prestigiosa linha feminina.

A passagem pela grife foi marcada por várias críticas, já que muitos puristas consideravam que Slimane havia negligenciado a história da maison, proponto looks pouco criativos e muito comerciais. Além disso, sua postura diante da crítica, banindo alguns jornalistas de seus desfiles, reforçou sua imagem de estrela temperamental. No entanto, os ótimos resultados nas vendas calaram muitos comentários. O estilista deixou a Saint Laurent em 2016.

Moda cerebral

Ao assumir a direção artística da Céline, Slimane passa a controlar uma das marcas mais influentes dos últimos anos. Sob a batuta de Phoebe Philo, a grife se tornou uma referência para quem busca uma moda dita "cerebral". Legitimadas por modelos de bolsas e outros acessórios que conquistaram o público e foram copiados por vários concorrentes, os looks amplos e conceituais propostos pela estilista britânica, na contramão da tendência sexy dominante, conseguiram se impor com o passar dos anos.

Para Slimane, conhecido por controlar todos os aspectos das marcas para as quais trabalha, esse novo desafio se apresenta com um excelente laboratório criativo. O estilista apresentará seu primeiro desfile na Céline em setembro de 2018.

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