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França/entrevista

"Fiz o que disse, isso talvez surpreenda", diz Macron em entrevista na TV

Em entrevista ao canal francês France 2 neste domingo (17), o presidente francês, Emmanuel Macron, se disse determinado a cumprir suas promessas de campanha, mesmo que tenha que corrigir “eventuais erros” cometidos durante seu mandato.

Dans une mise en scène très élaborée, Emmanuel Macron a sillonné le palais de l'Elysée pour expliquer le sens de son action politique.
Dans une mise en scène très élaborée, Emmanuel Macron a sillonné le palais de l'Elysée pour expliquer le sens de son action politique. France2
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Sete meses depois da posse, Macron, que completa 40 anos nesta quinta-feira, defendeu suas primeiras medidas adotadas em 2017, entre elas a reforma da legislação trabalhista, que flexibiliza as regras contratuais e foi muito criticada pelos sindicatos.

O chefe de Estado francês, que registrou uma alta na sua popularidade, depois de uma forte queda em julho e agosto, disse estar sendo coerente com sua missão “Estou fazendo aquilo que eu disse”, alfinetou Macron, que abordou questões sobre temas variados: diplomacia, clima e a reestruturação das rádios e TVS estatais francesas.

Acusado de arrogante em diversas ocasiões e conhecido por suas frases de efeito, como quando disse na Grécia que não cederia aos "folgados", em referência aos setores contrários às reformas, Macron usou um tom mais contido na intervenção deste domingo, que foi conduzida de maneira pouco habitual, andando pelos corredores do palácio do Eliseu. Uma estratégia de comunicação em referência ao seu partido, "A República em Marcha".

Vitória contra o grupo EI

Entre os anúncios feitos pelo presidente durante a entrevista, gravada no intervalo da cúpula contra o aquecimento global, realizada em Paris, no dia 12 de dezembro, Macron anunciou a vitória contra o grupo Estado Islâmico “no máximo até fevereiro”.

Ele também lembrou que em seguida será necessário dialogar com “Bachar Al Assad e seus representantes”, que estarão presentes nas discussões sobre o processo de transição política na Síria, que deve começar no início do ano que vem. “Espero que tenham representantes de todas as oposições”, declarou. Para ele, o presidente sírio “deve responder pelos seus crimes contra seu povo diante de um tribunal internacional”.

Reforma trabalhista e clima

Em relação à reforma trabalhista, Macron espera colher os frutos das leis adotadas recentemente nos próximos dois anos, que terão impacto na geração de empregos. “Fiz a reforma mais importante dos últimos 20 anos”, assegurou. Em relação à luta contra o aquecimento global, o presidente disse estar “convencido de que é possível associar dinamismo econômico e exigência ecológica”.

O chefe de Estado francês também anunciou que fechará as centrais térmicas e de carvão durante seu mandato, defendendo a energia nuclear, que é a melhor opção contras as emissões de C02, na sua opinião, apesar das críticas de seu ministro da Ecologia, Nicolas Hulot.

Rádios e TV estatais

Outro destaque da entrevista foi o anúncio feito por Macron de uma “grande reflexão sobre a rede de emissoras de rádio e TV públicas”, no início de 2018. Segundo ele, “os jovens assistem cada vez menos TV” e é preciso adaptar os conteúdos à transformação dos hábitos dos usuários, que usam mais celulares e tablets. O corte do orçamento no setor é de € 36 milhões em relação a 2017.

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