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Justiça francesa valida escutas que levam ao indiciamento de Sarkozy

O tribunal de cassação, a maior instância judicial francesa, aceitou como prova as escutas telefônicas que levaram ao indiciamento do ex-presidente Nicolas Sarkozy (2007-2012) por um caso de corrupção e tráfico de influência.

Nicolas Sarkozy
Nicolas Sarkozy REUTERS/Jacky Naegelen
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O ex-chefe de Estado é suspeito de tentativa de obter de um ex-magistrado informações confidenciais. Depois da sentença, os juízes deverão decidir se levam o caso a julgamento, um fato que poderá comprometer suas ambições presidenciais para 2017.

Os grampos no telefone de Sarkozy foram realizados primeiramente por um caso de suposto financiamento ilegal de campanha: existiam alegações de que o falecido líder líbio, Muamar Kadhafi, havia ajudado a financiar a campanha de Sarkozy de 2007.

Foi nessas gravações que o ex-presidente francês falou sobre outra acusação que pesava contra ele, a de aceitar doações ilícitas da herdeira da L'Oreal, Liliane Bettencourt, para a mesma campanha. Em 2013, Sarkozy foi absolvido das acusações.

Durante as mesmas escutas, é possível ouvir Sarkozy discutindo a possibilidade de oferecer a um alto funcionário da magistratura, Gilbert Azibert, um importante posto em Mônaco se ele fornecesse informações sobre o caso Bettencourt. Azibert não conseguiu o posto e também foi indiciado, junto com o advogado de Sarkozy, Thierry Herzog.

Quando o tribunal de apelações de Paris aceitou as escutas como prova, em maio passado, a equipe de advogados de Sarkozy entrou com um recurso ante o tribunal de cassação, máxima instância judicial francesa, alegando que estas gravações violavam a cláusula de confidencialidade entre advogado e cliente.

 

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