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Camarões/Boko Haram

Réfens franceses detidos em Camarões são libertados por radicais islâmicos

Os sete réfens franceses detidos em Camarões pelo grupo extremista nigeriano Boko Haram, entre eles quatro crianças, foram libertados na madrugada desta quinta-feira (18) à noite, segundo as autoridades do país. Sequestrados em fevereiro, eles estão em bom estado de saúde, anunciou a presidência francesa em um comunicado.

A família francesa Moulin-Fournier foi sequestrada em fevereiro no norte dos Camerões pelo radicais do grupo Boko Haram.
A família francesa Moulin-Fournier foi sequestrada em fevereiro no norte dos Camerões pelo radicais do grupo Boko Haram. RFI
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O ministro das Relações Exteriores, Laurent Fabius, viajou para os Camarões nesta sexta-feira para se encontrar com a família francesa. "Falei com eles pelo telefone, e todos estão bem e saudáveis", disse. Os ex-reféns já chegaram à embaixada da França em Yaoundé. Magro e abatido, o pai da família, Tanguy Moulin-Fournier, disse que estava bem. "Estamos muito felizes de voltar para os Camarões, encontrar nossos amigos. Digo isso com lágrimas nos olhos." O presidente francês, François Hollande, agradeceu as autoridades da Nigéria e o presidente camaronês Paul Biya pelo apoio nas negociações que resultaram na libertação dos reféns.

Tanguy Moulin-Fournier, funcionário expatriado da GDF, a distribuidora pública de gás da França, sua mulher, Albane, seu irmão e seus quatro filhos, com idades entre 5 e 12 anos, estão "são e salvos", segundo as autoridades camaronesas. A família morava em Yaoundé desde 2011, e foi sequestrada durante uma visita a um parque nacional, situado no norte do país. O irmão de Tanguy, Cyril, mora na Espanha, e só tinha ido passar as férias no país.

Nos dois vídeos divulgados nos dias 25 de fevereiro e 18 de março, os sequestradores exigiam a libertação de membros do grupo Boko Haram, presos na Nigéria e em Camarões. O pai da família, na última gravação, declarou que não "aguentaria muito tempo." Detidos em uma região desértica, sem nenhum conforto, ele disse que as condições de vida eram difíceis, e as crianças não aguentariam muito tempo.

No fim de março, o presidente François Hollande disse ter provas de vida, mas sem dar detalhes sobre a operação que contou com a cooperação da Nigéria, dos Camarões, e da França. Segundo o governo francês, as reivindicações estavam "fora da alçada da do país", mas o chanceler francês, Laurent Fabius esteve em março no país para acompanhar as negociações entre os sequestradores e os governos nigeriano e camaronês. O presidente francês disse diversas vezes que faria tudo para libertar os réfens, mas sem pagamento de resgate.

 

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