Polícia francesa prolonga prisão preventiva de grupo radical islâmico
A brigada antiterrorista da polícia francesa prolongou até amanhã a prisão preventiva de 12 suspeitos de envolvimento no atentado contra uma mercearia de comida judaica em Sarcelles, município da região parisiense. No dia 19 de setembro, a loja foi alvo de um explosivo que deixou uma pessoa ferida e assustou os moradores da numerosa comunidade judaica local.
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O líder do grupo, qualificado de perigoso pelo ministro do Interior, Manuel Valls, foi morto no sábado pelos policiais que foram à sua casa dar ordem de prisão. O homem recebeu os policiais a tiros e foi abatido. Essa identificação levou aos demais suspeitos, detidos em Estrasburgo, Cannes e na região parisiense. Membros do grupo possuem antecedentes judiciais e passagens por campos de treinamento de terrorismo islâmico no exterior.
A imprensa traz nesta segunda-feira um perfil dos jovens detidos e insiste no fato de que eles são nascidos no território francês e estabeleceram como alvos a cultura ocidental e o antissemitismo. Segundo uma fonte judicial, o mais jovem tem 19 anos e o mais velho 28 anos.
Com o grupo radical islâmico, a polícia encontrou 27 mil euros em dinheiro, munições e uma lista de estabelecimentos judaicos da região parisiense, indícios que fizeram as autoridades suspeitarem de novos atentados iminentes.
Segundo Manuel Valls, a França abriga centenas de radicais islâmicos capazes de entrar em ação a qualquer momento, à imagem do grupo que acaba de ser desmantelado.
O caso do francês de origem argelina Mohamed Merah, que matou em março passado três militares, três crianças e um rabino numa escola judaica de Toulouse, leva as autoridades francesas a vigiar de perto esses islamitas de perfil jovem, antissemita, suscetíveis à radicalização religiosa num contexto agravado pela pobreza, segundo especialistas.
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