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França/ crimes

Suspeito de ataques em Toulouse promete se render ainda hoje

O franco-argelino suspeito de ser o autor de sete assassinatos em dez dias na França prometeu se render à polícia no final da noite de hoje, no horário francês (início da noite em Brasília). Mohammed Merah está sob cerco policial em um imóvel em Toulouse, no sudoeste do país, desde a madrugada desta quarta-feira.

Policiais da unidade especial francesa vigiam o prédio onde o suspeito dos crimes está entricheirado.
Policiais da unidade especial francesa vigiam o prédio onde o suspeito dos crimes está entricheirado. Reuters/Jean-Paul Pelissier
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Conforme o procurador de Paris, François Molins, o homem assumiu a autoria de três ataques em Montauban e Toulouse, que resultaram na morte de três militares, três crianças e um professor. O suspeito admitiu que pretendia matar novamente nesta quarta-feira: as vítimas seriam dois policiais e mais um militar, que já haviam sido escolhidos.

O homem, de 23 anos, é franco-argelino e militante islâmico, monitorado há pelo menos dois anos pelos serviços anti-terrorismo da França. No início da ação policial, nesta madrugada, o suspeito afirmou que as mortes de sete pessoas ocorreram para vingar a morte de crianças palestinas e protestar contra as intervenções militares francesas em outros países. Ele disse pertencer à rede terrorista Al Qaeda.

Na tarde de hoje, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, participou do enterro dos três militares assassinados na semana passada. Durante uma homenagem às vítimas, o chefe de Estado afirmou que o matador queria “colocar a República de joelhos”, “mas ela não cedeu”.

“Um soldado francês conhece a morte e sabe olhá-la de frente. Mas a morte que os nossos homens encontraram não foi aquela a que estavam preparados. Não foi uma morte em um campo de batalha, mas sim uma execução terrorista”, declarou Sarkozy. “Se comunidades foram tomadas por alvo, foram soldados e crianças francesas que foram assassinadas.”

O presidente estava acompanhado do primeiro-ministro, François Fillon, e outras autoridades. Também o candidato socialista às eleições presidenciais francesas, François Hollande, compareceu ao enterro dos militares assassinados.

Fontes policiais informaram ter encontrado explosivos no carro de um dos irmãos de Mohamed Merah, o suspeito dos assassinatos de Toulouse. Segundo os primeiros elementos da investigação, o irmão também é comprometido com a ideologia salafista.
 

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