Sequestro de 2 jornalistas franceses completa 500 dias

Nesta sexta-feira, completam 500 dias que dois jornalistas franceses são mantidos como reféns por rebeldes talibãs no Afeganistão. Uma série de manifestações de apoio às famílias de Hervé Ghesquière e Stéphane Taponier acontece nas principais cidades francesas.

500 velas foram acesas em frente a igreja Notre-Dame-de-Lagarde, em Marselha, para marcar os 500 dias de cativeiro dos jornalistas no Afeganistão. Reuters/Philippe Laurenson

Os dois jornalistas foram sequestrados no dia 30 de dezembro de 2009, junto com três acompanhantes afegãos, quando faziam uma reportagem para o canal de televisão pública, France 3. O porta-voz do comitê de solidariedade aos jornalistas afirma estar muito preocupado, pois os sequestradores não deram nenhuma prova de vida dos franceses e de seus acompanhantes afegãos desde novembro passado.

O governo francês afirma estar fazendo o possível para libertar os reféns, sem fornecer informações detalhadas. Existe uma certa desconfiança em torno dessa boa vontade, já que o presidente Nicolas Sarkozy e o primeiro-ministro François Fillon criticaram várias vezes os dois jornalistas por terem se arriscado em uma zona de guerra. Os talibãs que detém os franceses exigem a libertação de dois chefes do movimento detidos no Afeganistão e nos Estados Unidos, mas as reivindicações mudaram com o tempo.

Outros sete franceses estão nas mãos de sequestradores ao redor do mundo. Mas a situação de Hervé Ghesquière e Stéphane Taponier é considerada a mais complicada de todas. Eles foram sequestrados por um grupo, foram transferidos várias vezes de região e atualmente são detidos por um outro grupo.