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França/Líbia

França expulsa 14 diplomatas do regime de Kadafi

O anúncio foi feito nesta sexta-feira e de acordo com o comunicado do Ministério das Relações Exteriores, dependendo do caso, os diplomatas qualificados como 'persona non grata'  terão um prazo de 24 a 48 horas para deixar o território francês.

O líder líbio Muammar Kadafi
O líder líbio Muammar Kadafi Reuters
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O governo francês justifica sua decisão pelos “comportamentos e atividades não compatíveis com as resoluções da ONU, especialmente a 1973, e contrários à proteção da população civil na Líbia”.

A França reconheceu o Conselho Nacional de Transição, órgão que representa os insurgentes, como único interlocutor legítimo na Líbia.

A decisão da chancelaria francesa não atinge dois ex-embaixadores líbios que anunciaram suas demissões no dia 25 de fevereiro para denunciar os atos de repressão do regime do ditador Kadafi. Os embaixadores da Líbia na França, Salah Zaren, e junto à UNESCO, cuja sede fica em Paris, Abdul Salam El Galali, abandonaram o regime do ditador Kadafi para, segundo eles, se juntarem “à revolução” em curso no país.

Antes de Paris, a Grã-Bretanha havia anunciado na quinta-feira a expulsão de dois diplomatas líbios do país devido a atividades “contrárias aos interesses” do Reino Unido. Os dois representantes têm o prazo até 11 de maio para deixar o solo britânico. Londres também já havia expulsado 4 dias antes o embaixador líbio Omar Jelban após o ataque da forças pró-Kadafi contra a representação diplomática britânica em Trípoli.

Ajuda aos rebeldes

O Grupo de Contato para a Líbia aprovou na quinta-feira, em Roma, a criação de um fundo financeiro de apoio aos rebelbes, que receberá doações e parte dos bens de Kadafi congelados no exterior. O Conselho Nacional de Transição, de oposição a Kafafi, tenta recolher US$ 3 bilhões para financiar despesas da administração pública e ajuda humanitária.

O ministro das Relações Exteriores francês, Alain Juppé, disse que o fundo estará operacional em algumas semanas. O Kuait já prometeu US$ 180 milhões e o Catar, de US$ 400 a 500 milhões. O primeiro-ministro do Catar, Hamad Bem Jassem Al-Thani, explicou que o valor destinado aos rebeldes deve servir primeiramente para pagar salários, comprar medicamentos, mantimentos e remédios e também  auxiliar na reconstrução do país.

Os Estados Unidos pretendem desbloquear US$ 30 bilhões desviados por Kadafi e dirigentes do regime, uma proposta criticada pelo governo líbio. “A Líbia continua, de acordo com o direito internacional, um estado soberano e todo uso de bens bloqueados é como uma pirataria em alto mar”, reagiu o vice-ministro líbio das Relações Exteriores, Khaled Kaïm em uma entrevista coletiva em Trípoli.

Em todo o mundo, os bens e recursos bloqueados de Kadafi e de seus familiares e colaboradores próximos estão avaliados em 60 bilhões de dólares.

O regime líbio criticou nesta sexta-feira o plano internacional de ajuda aos rebeldes e reafirmou que o líder Muammar Kadafi não deixará o poder.

 

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