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AF447/resgate

Resgate dos corpos do AF447 será feito pela Justiça, diz BEA

O resgate dos restos mortais dos passageiros do voo AF447, que caiu no dia 31 de maio de 2009 na rota Rio-Paris, será feito pelos representantes da Justiça a bordo do navio Ile de Sein, segundo o BEA, a agência de aviação civil que investiga as causas do acidente. A agência não deu maiores detalhes sobre como a operação será realizada.

Destroços do Airbus 330 encontrados pelo BEA, a agência civil francesa que investiga as causas do acidente.
Destroços do Airbus 330 encontrados pelo BEA, a agência civil francesa que investiga as causas do acidente. AFP/Evaristo SA
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Na sexta-feira, o BEA havia comunicado a Associação dos Familiares das Vítimas do Acidente que os corpos provavelmente não seriam trazidos para a superfície, apesar do Ministério dos Transportes francês ter anunciado, em um comunicado, que os restos mortais das vítimas seriam identificados na França e em seguida restituídos às famílias. Nesta terça-feira, a agência confirmou à RFI que o resgate será efetuado pelos representantes da Justiça a bordo do navio. Tecnicamente, a operação já previa a recuperação dos corpos e objetos pessoais dos passageiros. O robô Remora 6000, um dos equipamentos que serão utilizados, é equipado de um guindaste capaz de fazer o resgate, segundo o BEA.

O navio Ile de Sein, da Alcatel, selecionado pelo governo francês para a operação de resgate da fuselagem e outros destroços do voo AF447, deixou o porto de Las Palmas, nas ilhas Canárias, nesta terça-feira, e deve chegar ao porto de Dakar, no Senegal, na quinta-feira à noite. A embarcação fará uma escala de algumas horas em Dakar para o embarque da equipe de resgate, antes de se dirigir para a área do acidente, situada a cerca de 300 quilômetros da costa brasileira.

A equipe, dirigida por Alain Bouillard e três investigadores do BEA, será composta por um membro da AAIB (Air Accidents Investigation Branch), agência inglesa que investiga acidentes aéreos, e o coronel Luis Claudio Lupoli, do Comando da Aeronáutica, que representará o CENIPA (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos). O anúncio de sua escolha como observador brasileiro foi feito nesta terça-feira.

Também estarão a bordo três especialistas da Air France, um da Airbus, um especialista americano em imagens feitas por sonar, que participou da fase 4, e um psicólogo. Quatro membros da polícia judiciária francesa e peritos do Instituto de Pesquisas Criminais da Polícia Nacional também integram a tripulação, além de um psicólogo.

De acordo com o comunicado enviado pelo BEA, a fase 5 começará pela “observação detalhada do local do acidente e a busca pelas caixas-pretas.” Depois de localizadas, elas serão trazidas a bordo do navio e imediatamente lacradas. Em seguida, serão enviadas para um navio da marinha nacional até um porto francês, e encaminhadas em um avião para o escritório do BEA, sob a responsabilidade de um oficial de Justiça.

O diretor-executivo da Associação dos Familiares das Vítimas do voo 447, Marteen Van Sluys, disse nesta segunda-feira à RFI que as famílias devem pedir na Justiça a custódia das caixas-pretas, caso sejam encontradas. “Queremos que uma comissão internacional fique encarregada pelas caixas-pretas do momento do resgate até a decodificação”, explica. “As famílias também esperam que os corpos também possam ser recuperados e saibam qual método operacional será utilizado.”
 

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