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AF447/Acidente

Airbus e Air France podem ser indiciadas por acidente do AF447

Nesta quinta-feira, o construtor europeu Airbus pode ser indiciado em inquérito por homicídio involuntário. Amanhã, será a vez da Air France. O indiciamento acontece no quadro das investigações do acidente com o voo AF447, que fazia a rota Rio-Paris, quando caiu no Oceano Atlântico no dia 31 de maio de 2009, causando a morte dos seus 228 passageiros e tripulantes. 

Apenas 3% dos destroços do Airbus foram encontrados nas buscas.
Apenas 3% dos destroços do Airbus foram encontrados nas buscas. Foto : Reuters
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O presidente da Air France, Fernand Garnault, afirma que não há nenhum novo elemento que justifique o indiciamento em inquérito das duas empresas por homicídio involuntário ou culposo, ou seja, provocar a morte sem intenção de dá-la. Por outro lado, o procedimento permitirá que o construtor europeu Airbus e a companhia aérea Air France tenham acesso ao dossiê e possam iniciar um diálogo transparente com as partes civis. Esta é uma reivindicação das famílias das vítimas, que pedem mais clareza e rapidez nas informações.

No mês passado, a juíza encarregada do caso, Sylvie Zimmerman, anunciou aos advogados das famílias das vítimas a sua intenção de mover uma ação judicial contra as empresas, sem detalhar os fundamentos jurídicos desta decisão.

É provável que seja abordado o papel das sondas Pitot no acidente, e seu congelamento a alta altitude, já constatado e incluído nos relatórios. Estas sondas, que medem a velocidade do aparelho, equipavam os modelos A330 e A340 e foram substituídas em toda a frota da Air France depois da catástrofe.

O BEA - organismo francês encarregado das investigações e análises de acidentes aéreos - constatou uma falha das sondas Pitot no momento do acidente, mas sem concluir que elas causaram a queda do avião. Como as caixas pretas do AF-447 não foram encontradas até agora, os investigadores não têm as gravações das conversas dos pilotos nem os dados do voo.

Se Air France acha o indiciamento prematuro, Airbus lembra que seus aviões são mais seguros do que nunca e que vem cooperando totalmente nas investigações e nas buscas.

Até hoje, nenhum indiciamento foi feito, na esperança de que as caixas pretas poderiam esclarecer as causas do acidente. Uma quarta fase de buscas no mar vai começar no dia 21 deste mês, no Oceano Atlântico, abrangendo uma nova área de 75 quilômetros de diâmetro que cobre 10.000 km2. A operação pode seguir até o mês de julho e terá três etapas, de 36 dias cada uma. O custo da operação ficará em torno de R$21 milhões. Até hoje, apenas 3% dos destroços do aparelho e cerca de 50 corpos foram encontrados.

 

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