França confirma não ter recebido reivindicação de sequestradores
O Governo francês ainda aguarda contatos da rede terrorista AQMI, o braço da Al-Qaeda no norte da África, para negociar a libertação dos 7 reféns sequestrados no Níger, entre eles 5 franceses.
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Em entrevista a uma rádio francesa na manhã desta sexta-feira, o ministro da Defesa, Hervé Morin, disse que nenhuma reivindicação foi feita ainda pela rede terrorista que assumiu a autoria do sequestro, realizado há 10 dias. na cidade de Arlit, no interior do país.
"Queremos saber, antes de tudo, o que querem os sequestradores. Até o momento, não recebemos nenhuma reivindicação, salvo a reivindicação sobre a autoria do rapto", afirmou Morin.
Ontem, foram divulgadas as primeiras imagens dos reféns. A foto mostra o grupo sentado no chão de areia vigiados por homens fortemente armados. Em uma gravação de áudio, eles falam seus nomes e confirmam terem sido sequestrados pela rede terrorista AQMI.
Entre os reféns estão um dirigente da empresa francesa Areva e sua esposa. Para o governo francês, essa divulgação é um sinal encorajador já que mostra os reféns com vida. Os reféns, 5 originários da França, 1 do Togo e outro de Madagáscar, foram sequestrados dentro de suas próprias casas, na noite de 15 para 16 de setembro.
O francês Pierre Camatte, um ex-refém que ficou detido por cerca de três meses no deserto do Mali, diz ter reconhecido, na foto, o argelino Abdelhamid Abou Zeid, um dos chefes mais radicais do grupo AQMI.
Foi ele que coordenou o rapto de Michel Germaneu, um francês de 78 anos, que trabalhava voluntariamente para uma ONG, que foi finalmente executado no final de julho.
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