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AF447

Buscas pelas caixas pretas do AF447 vão continuar

Segundo a BEA, a agência francesa que investiga as causas do acidente do Airbus 330, que fazia a rota Rio-Paris, as buscas devem ser retomadas nesta sexta-feira. Advogada britânica acusa Air France de pagar indenizações às famílias das vítimas em função da nacionalidade.

Cerimônia em homenagem às  vítimas do AF447, no dia 7 de novembro de 2009
Cerimônia em homenagem às vítimas do AF447, no dia 7 de novembro de 2009 AFP/Air France
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As buscas pelas caixas caixas-pretas do Airbus A330 da Air France, que caiu no Oceano Atlântico no dia 31 de maio, matando 228 pessoas, vão continuar. O anúncio da retomada das operações foi feito na manhã desta quarta-feira pelo BEA, a agência francesa de aviação que investiga as causas do acidente. A terceira etapa das operações terminou no último domingo, sem sucesso. As buscas, financiadas pela Air France e pela Airbus custaram cerca de 10 milhões de euros, e se concentraram numa área de 2 mil km2.

O navio americano Annie Candies e o norueguês Seabed Worker, que já estavam participando das buscas, devem chegar a Recife nesta quarta-feira. Na semana passada, o secretário francês dos Transportes, Dominique Bussereau, pediu que as equipes continuassem a procurar novos elementos que pudessem explicar o acidente. As operações estão previstas para recomeçar ainda nesta sexta-feira. Desta vez, as equipes vão analisar uma região maior do oceano Atlântico, que ainda não foi especificada pelo BEA.

No próximo dia 4, o BEA deve divulgar um novo balanço da terceira fase. Como as caixas-pretas continuam desaparecidas, as causas do acidente ainda não foram totalmente esclarecidas. O BEA afirma que um problema no funcionamento dos sensores Pitot da marca Thales, que medem a velocidade do avião, poderia explicar em parte a tragédia, mas não provocou o acidente.
 

Indenização

A advogada britânica Sarah Stewart, do escritório londrino Stewarts Law, afirmou nesta quarta-feira que a política de indenizações às famílias das vítimas do voo AF447, que caiu no dia 31 de maio no Oceano Atlântico, matando 228 pessoas, difere em função da nacionalidade dos passageiros. Segundo a advogada, as seguradoras da companhia aérea Air France negociam acordos extra-judiciais. Os valores estabelecidos, por exemplo, foram de U$ 4 milhões por pessoa nos Estados Unidos, U$ 750 mil no Brasil e U$ 250 mil na Europa. O escritório representa cerca de 50 famílias de vítimas, de diversos países, como Venezuela, Brasil, Alemanha, Inglaterra, Irlanda, Holanda e França.

O diretor-geral da seguradora AXA, Patrick de la Morinerie, que representa o conjunto das seguradoras da Air France e deverá pagar 12,5% das indenizações, desmente as afirmações da advogada britânica. Ele afirma que as propostas levam em conta a situação de cada familiar das vítimas e respeitam a jurisprudência estabelecida pela convenção de Montreal, de 1999. A convenção determina as modalidades de indenização das vítimas de acidentes aéreos.

O diretor ainda explicou que as seguradoras chegaram a um acordo com todas as dez famílias dispostas a negociar com a Air France, que não quis comentar o caso. A justiça brasileira concedeu em março uma indenizaçao de U$ 1,15 milhão por danos morais à familia de uma das vitimas. A AXA entrou com um recurso contra essa decisão em nome da Air France.
 

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