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Estados Unidos

Sarkozy tenta impedir execução de prisioneiro no Texas

A uma hora do horário marcado, a Suprema Corte dos Estados Unidos adiou a execução de Hank Skinner, condenado à morte no Texas por triplo homicídio. O preso é casado com uma francesa que milita contra a pena de morte. 

O texano Hank Skinner, em foto do Departamento de Justiça Criminal do Texas.
O texano Hank Skinner, em foto do Departamento de Justiça Criminal do Texas. AFP /TEXAS DEPARTMENT OF CRIMMINAL JUSTICE
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Apenas uma hora antes da administração de uma injeção letal, a Suprema Corte dos Estados Unidos adiou a execução de Hank Skinner, um prisioneiro de 47 anos condenado à morte pelo triplo homicídio de sua companheira e de dois filhos dela em 1993. Skinner, há 15 anos no corredor da morte, sempre negou a autoria dos assassinatos. Em um apelo à Suprema Corte, ele pediu que sejam realizados testes de DNA em seu sangue para comparar com o material encontrado na cena do crime e assim provar sua inocência. O estado do Texas, onde aconteceu o triplo homicídio, se nega a pagar os exames. O acusado se propõe a arcar com as despesas.

A França acompanha com atenção os desdobramentos do caso Skinner. O prisioneiro texano é casado com uma francesa defensora dos direitos humanos, Sandrine Ageorges Skinner, membro do Movimento Abolicionista Francês contra a Pena de Morte, ligado à Coalizão Internacional dos Abolicionistas. Eles se casaram quando Skinner já estava na prisão. Ontem, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, e o ministro das Relações Exteriores, Bernard Kouchner, pediram à justiça do Texas que suspenda a pena de morte de Skinner e realize uma investigação completa. Em Paris, um grupo de abolicionistas se mobilizou nesta quarta-feira diante da Embaixada dos Estados Unidos, na famosa Place de la Concorde, para pedir a suspensão da execução de Skinner. A brasileira Débora Chaves participou da manifestação e acredita que ela teve influência na decisão da justiça norte-americana.

A decisão sobre a realização dos testes de DNA está nas mãos da Suprema Corte. Se o pedido for indeferido, Skinner volta ao corredor da morte. O estado do Texas já executou 451 pessoas desde 1976, mais que todos os demais estados norte-americanos onde a pena de morte é aplicada. Nos últimos anos, testes de DNA inocentaram 17 condenados nos corredores da morte nos Estados Unidos.

02:31

Débora Chaves, membro do Movimento Abolicionista Francês

 

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