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Museu do Louvre aumentará preço do ingresso no ano das Olimpíadas de Paris

Ver de perto o sorriso da Mona Lisa custará mais caro. O museu do Louvre anunciou que aumentará o preço do ingresso — o mesmo há sete anos —, em 2024, ano das Olimpíadas de Paris.     

Turistas tiram fotos nas proximidades da entrada do Museu do Louvre, em Paris, França, em 16 de setembro de 2023.
Turistas tiram fotos nas proximidades da entrada do Museu do Louvre, em Paris, França, em 16 de setembro de 2023. REUTERS - GONZALO FUENTES
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A partir de 15 de janeiro, o ingresso do museu aumentará para € 22 (cerca de R$ 117). Desde 2017, o preço é € 17 (R$ 90).  Segundo a direção do Louvre, que fez o anúncio na sexta-feira (8), o aumento de 29% corresponde à inflação de 30% no mesmo período, de acordo com o índice de preços ao consumidor do INSEE, o Instituto de Estatísticas francês.

Para os muitos turistas que virão a Paris durante as Olimpíadas, de 26 de julho a 11 de agosto, este não é o único aumento de preços anunciado.

A tarifa da passagem de metrô quase duplicará durante o evento, e passará para € 4 (contra € 2,10 hoje). O talão de dez bilhetes custará € 32 (contra € 16,90 atualmente). E o preço médio de uma noite de hotel na região parisiense aumentou de € 169 ($R 900), em julho de 2023, para € 699 (€ 3.720) durante as Olimpíadas, segundo um relatório de setembro do Escritório de Turismo.

O Louvre é o museu mais visitado do mundo, com 86 mil m² de espaços abertos ao público e 7,2 milhões de visitantes em 2022 (após um recorde de 10,2 milhões em 2018).

Sua bilheteria faturou € 76,5 milhões (R$ 407 milhões) no ano passado, segundo seu relatório anual. O valor cobriu apenas um quarto de seus custos operacionais, sendo o restante financiado por créditos do Ministério da Cultura e por outros recursos, incluindo mecenato.

Museu gratuito

Inaugurado em 1793 em um antigo palácio real no coração de Paris, o Louvre é uma das grandes atrações turísticas da capital francesa. Apresenta desde coleções extremamente ricas, que vão desde as civilizações do Mediterrâneo e do Oriente Médio, vários milênios antes da nossa era, até as belas artes do século XIX.

Visitantes vêm de todo o mundo para admirar, entre outras coisas, a Mona Lisa de Leonardo da Vinci (início do século XVI), a Vênus de Milo (século II a.C.) ou antiguidades egípcias em excelente estado de conservação.

Em um comunicado, o museu sublinhou que “mais de um em cada dois visitantes franceses entra gratuitamente”, já que pessoas com menos de 25 anos têm descontos, desempregados, beneficiários de prestações sociais mínimas, pessoas com deficiência e seus cuidadores, professores, profissionais da cultura e jornalistas não pagam.

Dos 8,7 milhões de visitantes estimados em 2023, por volta de 3,6 milhões deles (ou 41%) entrarão gratuitamente. "Estou feliz e orgulhosa de ver o público francês, de Paris e sua região prestigiando o Museu do Louvre. A qualidade desta relação está no centro da nossa missão", disse sua presidente, Laurence des Cars, citada no comunicado. 

Des Cars chegou à chefia da instituição em setembro de 2021 e impôs um teto de 30 mil visitantes por dia, que será mantido em 2024. No entanto, a presidente gostaria de estender o horário de funcionamento. A direção “está trabalhando com as organizações sindicais para oferecer um segundo horário noturno, todas as quartas-feiras, a partir de abril”, especificou o museu.

Financiamento de reformas

O museu espera financiar nos próximos anos um projeto de abertura de uma segunda entrada, além da que fica sob a Pirâmide inaugurada em 1988, que já está saturada. Seria pela fachada leste, na estação de metrô Louvre-Rivoli. O cronograma e o custo não foram divulgados.

O estabelecimento também precisa de reformas. Uma exposição dedicada ao designer Claude Gillot, teve que ser fechada devido a uma infiltração de água. Inaugurada no dia 9 de novembro, teve que ser suspensa definitivamente no dia 11, para proteger as obras.

O Louvre também continua a adquirir obras. O museu lançou um apelo aos mecenas no início de novembro para que se tornassem proprietários de uma natureza morta de Chardin, “O Cesto de Morangos Silvestres” (1761), que custa € 24,3 milhões (R$ 128 milhões).

(Com informações da AFP)

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