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Suspeito de ataque na França é cristão, casado com cidadã sueca e tem filha de 3 anos

O suspeito dos ataques nesta quinta-feira (8) em um parque em Annecy, no sudeste da França, é um homem de 32 anos, de nacionalidade síria e se declarou “cristão”. Ele entrou de maneira legal em território francês. Ao menos seis pessoas ficaram feridas, entre elas quatro crianças, e duas correm risco de vida.  

A polícia francesa patrulha a área onde cinco pessoas, entre elas quatro crianças pequenas, foram feridas a facadas nesta manhã em um parque em Annecy, na França, por um homem preso pela polícia, em 8 de junho de 2023.
A polícia francesa patrulha a área onde cinco pessoas, entre elas quatro crianças pequenas, foram feridas a facadas nesta manhã em um parque em Annecy, na França, por um homem preso pela polícia, em 8 de junho de 2023. REUTERS - DENIS BALIBOUSE
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O agressor foi identificado como Abdalmasih H., de acordo com fontes policiais. Ele entrou de maneira legal na França e em 28 de novembro fez um pedido de asilo no país. Entretanto, o suspeito obteve o documento de residência como refugiado político na Suécia, o que fez seu pedido na França ser recusado. Como refugiado, ele pode circular livremente dentro da União Europeia.

O suspeito do ataque teria chegado à Suécia há aproximadamente 10 anos, onde se casou com uma cidadã sueca com quem tem uma filha de três anos.

Aeteadal K., uma refugiada síria de 50 anos que teve contato com o suspeito em Trollhättan, na Suécia, indicou à AFP que ele tinha “trocado a Suécia pela França há sete meses”.

De acordo com fontes próximas do caso citadas pelo canal de televisão BFMTV, o agressor usava uma cruz e um livro de orações cristãs no momento da detenção. Em seu documento de pedido de asilo, ele teria se declarado “cristão da Síria”.

Seu nome não aparece em nenhum arquivo da polícia no mundo e, em princípio, ele não sofre de problemas psiquiátricos.

Entenda o drama

Ao menos dois adultos e seis crianças ficaram feridos nos ataques. Dois menores - um bebê de 1 ano e dez meses e uma criança de três anos -, e um adulto correm risco de vida, segundo a polícia. Entre as crianças, duas têm nacionalidade estrangeira: uma é holandesa e outra inglesa.  

O ataque aconteceu em um parque às margens do lago Pacquier, em Annecy, no sudeste da França, por volta das 9h40 da manhã (4h40 em Brasília). Um parquinho infantil, que fica no local, é frequentado diariamente por crianças de creches e escolas das proximidades.

Testemunhas entrevistadas pelo canal BFMTV dizem que o autor do ataque correu em direção aos carrinhos de bebê e começou a esfaqueá-los. Quando o suspeito viu que estava cercado de policiais, ele foi em direção a um casal de idosos e atacou um senhor. Logo após, o agressor foi imobilizado por policiais.

Várias testemunhas afirmaram à BFMTV que tinham visto Abdalmasih H. em volta do parque nos dias anteriores ao ataque. 

Reações

A primeira-ministra francesa, Elisabeth Borne, e o ministro do Interior, Gérald Darmanin, chegaram em Annecy no início da tarde.

O presidente Emmanuel Macron denunciou um "ataque de covardia absoluta". "A Nação está em choque. Nossos pensamentos estão com eles, suas famílias e os serviços de emergência mobilizados", escreveu o chefe de Estado em sua conta no Twitter.

 

 

O ataque provocou uma avalanche de reações no mundo político francês, com deputados de direita e extrema direita destacando a origem e situação de refugiado do agressor.

Em Paris, deputados e membros do governo fizeram um minuto de silêncio na Assembleia Nacional.

Vários ataques com armas brancas ocorreram recentemente na França, como em maio, quando uma enfermeira do Hospital Universitário de Reims foi morta por um homem que sofria de distúrbios psiquiátricos e em fevereiro, quando uma professora de espanhol foi esfaqueada até a morte por um estudante do ensino médio em Saint-Jean-de-Luz.

Uma unidade de crise foi criada pela Secretaria de Segurança de Haute-Savoie, onde fica Annecy, que também criou um sistema de informação para o público.

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