Acessar o conteúdo principal

Mudança climática: França registrou em 2022 ano mais quente da história

O ano de 2022 foi o mais quente já registrado na França, com uma temperatura média de 14,5°C, confirmada nesta sexta-feira (6) pela agência meteorológica Météo-France, que considerou este dado um "sintoma da mudança climática".

Um termômetro de farmácia na cidade de Nantes mostra uma temperatura de 43°C, quando uma onda de calor atinge a França, em 13 de julho de 2022.
Um termômetro de farmácia na cidade de Nantes mostra uma temperatura de 43°C, quando uma onda de calor atinge a França, em 13 de julho de 2022. REUTERS - STEPHANE MAHE
Publicidade

O ano de "2022 está em primeiro lugar" desde o início das medições em 1900 e "muito à frente de 2020, que até agora ostentava o recorde" na França metropolitana, com 14,07°C em média, acrescentou o serviço meteorológico.

O recorde é extensivo a quase todo o país, onde 2022 foi o ano mais quente desde 1947 em todas as regiões administrativas, exceto na região de Île-de-France, onde fica Paris, que já havia batido o recorde no ano passado.  

A França sofreu três ondas de calor no último verão do hemisfério norte: entre 15 e 19 de junho, 12 e 25 de julho e 31 de julho e 13 de agosto, o que significa 33 dias de calor intenso acumulados.

"Todos os meses do ano foram mais quentes que o normal, exceto os meses de janeiro e abril", informou a Météo-France em seu site. Mesmo este 31 de dezembro, em pleno inverno boreal, foi o último dia do ano mais quente desde 1947.

Ondas de calor e seca

As ondas de calor em território francês são mais frequentes nos últimos anos. Dos dez anos mais quentes desde o início do século XX, oito ocorreram depois de 2010, em meio aos esforços para limitar as mudanças climáticas.

Seus efeitos são cada vez mais evidentes no cotidiano da população, incluindo secas e falta de fornecimento de água, mesmo no inverno. Em 2022, a França metropolitana registrou um "déficit pluviométrico recorde" de cerca de 25% desde o início das medições em 1959.

A Terra ficou mais de 1,1°C mais quente, em média, desde a Revolução Industrial no final do século XIX. Cerca de metade desse aumento se deu nos últimos 30 anos, de acordo com um relatório divulgado em novembro pela Organização Meteorológica Mundial (OMM).

No Reino Unido, o serviço meteorológico britânico Met anunciou, na quinta-feira (5), que 2022 também foi o ano mais quente já registrado no país, com uma temperatura média de 10,03°C. Esses registros começaram em 1884. Desde então, os dez anos mais quentes aconteceram a partir de 2003.

A Espanha também viveu em 2022 o ano mais quente desde 1916, ano a partir do qual há dados disponíveis. A informação foi confirmada no início da semana nas redes sociais pela Agência Meteorológica do Estado (Aemet).

Em escala europeia, muitos outros países também tiveram seu ano mais quente, afirma a Météo-France. Em todo o globo, apesar do esfriamento causado por um contexto planetário de “La Niña”, que se prolonga por três anos consecutivos, o ano de 2022 será, no entanto, o quinto ou sexto ano mais quente registado até agora.

(Com informações da AFP)

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.