Natal e Ano Novo sem festa: imprensa francesa destaca o fim de ano difícil dos franceses
Os jornais franceses desta sexta-feira (17) já entram em ritmo de fim de ano, com o início do recesso escolar para muitos estudantes e das férias para trabalhadores de toda a França neste sábado (18).
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"Bom dia, férias", diz a manchete do jornal Le Parisien, lembrando que "com uma taxa de incidência recorde "de Covid-19, e a greve de condutores de trem que deve bagunçar as viagens previstas para sexta-feira, "o clima de fim de ano não é de festa". O Le Parisien lembra que uma pesquisa publicada pelo cotidiano em novembro mostrou que 51% dos franceses pretendiam tirar uns dias de descanso no fim deste ano.
De acordo com Le Parisien, as dificuldades impostas pelo governo nesta quinta-feira (16) para viajantes vindos do Reino Unido fez com que milhares de britânicos cancelassem viagens para a França e que os franceses desistissem de viajar pela Europa, dando preferência para países mais distantes, como a República Dominicana. Após a neve que caiu na França nos últimos dias, muitos também optaram por passar uns dias nas montanhas, diz o jornal.
Ofensiva contra Airbnb
Ainda no clima de férias, o site do jornal Le Monde publica nesta sexta-feira uma reportagem sobre a ofensiva das cidades contra o Airbnb. Apesar do enorme sucesso comercial e financeiro, que fizeram da plataforma de hospedagem a primeira empresa mundial do turismo, cidades do mundo inteiro se organizam contra os preços exigidos nos aluguéis de curta duração.
Este tipo de locação é acusado de contribuir para o "excesso de turismo" e a alta dos preços imobiliários, além de causar uma forte queda na oferta de imóveis disponíveis nas grandes cidades, como Paris. Segundo o jornal, no começo de dezembro, o Airbnb teve que retirar de seu site anúncios em cidades francesas que não tinham sido informados às autoridades.
Registro prévio
Nova York adotou logo em seguida uma regra de registro prévio de apartamentos turísticos oferecidos nas plataformas. Em seguida, em 13 de dezembro, chegou ao fim a primeira fase de uma iniciativa similar da Comissão Europeia para regulamentar a atividade.
No dia 15, Paris, a cidade mais procurada do mundo no Airbnb, reforçou os procedimentos de transformação dos imóveis para este tipo de locação. Além dessas iniciativas, outras cidades como Washington, Barcelona, Viena e Ottawa também endureceram suas regras em relação ao site.
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