Jovem militar diz ter sido estuprada por um soldado dentro do palácio presidencial na França
A poucos meses da eleição presidencial, um novo escândalo no Palácio do Eliseu atormenta a equipe de Emmanuel Macron. Um soldado do grupo de segurança da presidência é acusado de ter estuprado uma jovem militar no dia 1° de julho. O caso está sob investigação.
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A investigação foi aberta pelo procurador da República de Paris em julho, mas só nesta sexta-feira (12) a denúncia de agressão sexual tornou-se pública, após uma reportagem do jornal francês Libération.
O diário afirma que o ataque aconteceu dentro do Palácio do Eliseu, sede da presidência da República e residência oficial do chefe de Estado, durante um evento de confraternização da equipe de segurança para comemorar a despedida de três colegas.
O próprio Macron passou pela festa para agradecer com algumas palavras os serviços prestados e brindar com os militares que estão de partida. Por volta das 22h, conta a reportagem, o presidente vai embora e a festa deixa de lado qualquer formalidade.
No final da noite, ainda dentro de um dos prédios do Eliseu, a jovem militar afirma ter sido abusada sexualmente por um de seus colegas, também militar e que trabalha no grupo de segurança pessoal de Macron. Nas horas seguintes ao fato, a jovem prestou queixa na delegacia de polícia do 8° distrito de Paris contra o colega.
Procurado pelo jornal Libération, o Palácio do Eliseu informou que não comentaria um caso judicial que ainda está em andamento. Mas em declaração à AFP, a presidência declarou que "a partir do momento em que os acontecimentos se tornaram conhecidos, foram tomadas medidas de apoio à vítima que foi designada para outro local, longe da pessoa denunciada como agressora".
Segundo escândalo com funcionário da Presidência
Este é o segundo caso sensível envolvendo o entorno do presidente Macron durante seu mandato. Em 2018, o colaborador do Eliseu Alexandre Benalla foi filmado agredindo um manifestante ao lado da polícia nas ruas de Paris.
O caso desencadeou um escândalo político, com denúncias de que Benalla teria usado seu posto para defender interesses econômicos e exercer influência dentro do Eliseu.
Em novembro, ele foi condenado pela Justiça a três anos de prisão por conta da agressão aos manifestantes, por uso indevido de passaporte diplomático e porte ilegal de arma.
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