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França/Eleições Municipais

Socialista Anne Hidalgo lidera primeiro turno das municipais em Paris, diz pesquisa

Segundo projeções do instituto Ipsos Sopra/Steria, a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, do Partido Socialista, lidera o primeiro turno da eleição municipal na capital, com 30,2% dos votos, seguida pela candidata da direita, Rachida Dati (22%), do partido Os Republicanos, e da ex-ministra da Saúde Agnès Buzyn (17,6%), que entrou tardiamente na disputa pela sigla do presidente Emmanuel Macron.

A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, do Partido Socialista, votou ao lado do marido, Jean-Marc Germain..
A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, do Partido Socialista, votou ao lado do marido, Jean-Marc Germain.. Reuters/Eliot Blondet
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Com 11,6% dos votos, de acordo com a mesma pesquisa, o candidato ecologista David Belliard, do partido Europa Ecologia Verdes (EELV), também se qualifica para o segundo turno na capital, no complexo sistema de escrutínio com listas eleitorais nos 20 distritos da cidade. Já o matemático Cédric Villani, ex-deputado do partido governista A República em Marcha (LREM), estaria fora da disputa.

O primeiro turno, realizado neste domingo (15), registrou um recorde de abstenção de 53,5% a 56%, de acordo com o instituto de sondagem. A ausência de mais da metade dos eleitores já corresponde à menor taxa de participação da história do pleito municipal. A expansão da epidemia de coronavírus e as recomendações sanitárias afugentaram os franceses das urnas.

As seções eleitorais fecharam às 20h (16h em Brasília), em meio à polêmica sobre um eventual adiamento do segundo turno, previsto no dia 22 de março. A taxa de abstenção historicamente baixa, quase 20 pontos acima do recorde anterior de 2014, quando chegou a 36,45%, revela que os franceses estão preocupados com a propagação da epidemia do Covid-19.

Candidatos e partidos reduziram os encontros públicos para acompanhar a apuração. O número de infectados no país subiu para 5.423 pessoas e 127 mortos, de acordo com o balanço mais recente do ministro da Saúde, Olivier Véran.

Parlamentar que falou em "golpe" deu positivo para coronavírus

O líder do partido Os Republicanos, Christian Jacob, 60 anos, que pressionou o presidente Macron a manter a votação, caso contrário o chefe de Estado estaria cometendo "um golpe de estado e um golpe institucional", testou positivo para o coronavírus. A sede do partido foi fechada para desinfecção. No dia 9 de março, Jacob participou de um encontro com a candidata Dati. O evento contou com a presença do ex-presidente Nicolas Sarkozy.

O líder ecologista Yannick Jadot, da sigla Europa Ecologia Verdes (EELV), e a líder de extrema direita Marine Le Pen (Reunião Nacional) já pediram o adiamento do segundo turno, previsto para acontecer no próximo domingo (22). Caso o governo endosse essa decisão, alguns juristas consideram que o primeiro turno deveria ser anulado.

Já o conselheiro municipal de Paris para o Urbanismo, Jean-Louis Missika, disse que o pico de transmissão do coronavírus poderá ser atingido no meio da próxima semana. "Mas não aceitaremos que o primeiro turno seja anulado", avisou. Ele sugeriu o voto por correspondência para superar o impasse.

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