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Rússia interrompe fornecimento de gás à Letônia, alegando violações de contrato

A gigante russa Gazprom anunciou neste sábado (30) ter cortado o fornecimento de gás à Letônia, acusando o país de ter violado as condições do abastecimento, mas sem precisar quais. A decisão ocorre três dias após a empresa ter diminuído drasticamente a capacidade da entrega de gás à União Europeia através do gasoduto Nord Stream. 

Sede da gigante russa Gazprom em Moscou. Foto de arquivo.
Sede da gigante russa Gazprom em Moscou. Foto de arquivo. REUTERS/Maxim Zmeyev/Files
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"Hoje a Gazprom suspendeu suas entregas de gás à Letônia (...) em razão da violação das condições da provisão de gás", indicou a Gazprom em um comunicado divulgado no Telegram. 

Na véspera, a empresa de energia letã Latvijas Gaze declarou que paga pelo gás russo em euros e não em rublos, como exige o presidente Vladimir Putin. A Letônia é o sexto país penalizado por Moscou por se recusar a fazer o pagamento do produto na moeda russa.

A Gazprom já havia reduzido na quarta-feira (27) a capacidade do gasoduto Nord Stream - entre a Rússia e a Alemanha - de 40% para 20%. Segundo Moscou, a diminuição se deve a problemas técnicos em uma turbina do local que não pode ser reparada devido às sanções impostas pelos países da União Europeia. Vários líderes europeus rejeitam a justificativa, afirmando que Putin utiliza o gás para chantegear os países dependentes do produtos.

Pagamento em euros

Os países bálticos pararam de importar gás russo no último 1° de abril, segundo a empresa de estocagem letã Conexus Baltic Grid. No entanto, a operadora Latvijas Gaze indicou ter retomado a compra do produto originário da Rússia, sem precisar seus fornecedores e garantindo que o pagamento é feito em euros.

Segundo dados oficiais sobre o fluxo de gás contabilizados pela empresa Conexua, as entregas do gás russo por meio do gasoduto letão aumentaram desde 21 de julho, antes de sofrer um corte brusco na sexta-feira (29). 

Para tentar prevenir um risco de escassez de gás nos países da UE durante o outono e inverno no Hemisfério Norte - quando boa parte das residências e empresas europeias utilizam o produto para o aquecimento - os 27 países-membros do bloco alcançaram um acordo na última terça-feira (26). O principal objetivo é reduzir o consumo de gás em 15% entre agosto deste ano e agosto de 2023.

No total, 45% do gás usado na União Europeia vem da Rússia. Muitos países são extremamente dependentes deste fornecimento, principalmente os países do leste europeu. 

(Com informações da AFP)

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